O sistema capitalista que agora domina o mundo de forma radical nunca morreu de amores pela democracia. Adoptou este modo de organização da sociedade porque é o que mais vantagem lhe traz na sua vertente política. O voto da maioria é a regra indiscutível do sistema democrático e sobre isso não deveria subsistir a menor dúvida. Mas nem sempre assim acontece, em especial, se os interesses dos mais poderosos estão em jogo. Neste caso acaba por valer tudo, até a mais vil chantagem.
Os exemplos acontecem a toda a hora como seja o fechar de olhos das chamadas democracias ocidentais perante os regimes ditatoriais que pululam por esse mundo fora, enquanto os tiranetes que os controlam servirem os interesses dominantes nos países mais poderosos.
O que acaba de suceder em relação à integração da Palestina como membro da UNESCO (agência da ONU para a educação e cultura) é um caso típico da reacção de um autoproclamado país campeão da defesa da democracia e dos direitos humanos. A candidatura palestiniana à UNESCO não está dependente da aprovação da candidatura a membro da ONU por constituir um processo autónomo. A votação acabou por ser arrasadoramente favorável à Autoridade Palestiniana, com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 votos contra, dos Estados membros presentes na votação em Paris. Por outro lado constituiu uma tremenda derrota para os Estados Unidos e os seus aliados sionistas. Como uma espécie de retaliação, os americanos não vão canalizar para a UNESCO 42,3 milhões de euros que deviam ser encaminhados já em Novembro. Não é primeira vez nem será a última que ocorrerão situações deste género. Acabam por constituir uma espécie de chantagem para os que ousam pôr em causa o poder imperial. Por outro lado, também vêm demonstrar, mais uma vez, que as ilusões sobre Obama não passaram disso mesmo, ilusões.
Os exemplos acontecem a toda a hora como seja o fechar de olhos das chamadas democracias ocidentais perante os regimes ditatoriais que pululam por esse mundo fora, enquanto os tiranetes que os controlam servirem os interesses dominantes nos países mais poderosos.
O que acaba de suceder em relação à integração da Palestina como membro da UNESCO (agência da ONU para a educação e cultura) é um caso típico da reacção de um autoproclamado país campeão da defesa da democracia e dos direitos humanos. A candidatura palestiniana à UNESCO não está dependente da aprovação da candidatura a membro da ONU por constituir um processo autónomo. A votação acabou por ser arrasadoramente favorável à Autoridade Palestiniana, com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 votos contra, dos Estados membros presentes na votação em Paris. Por outro lado constituiu uma tremenda derrota para os Estados Unidos e os seus aliados sionistas. Como uma espécie de retaliação, os americanos não vão canalizar para a UNESCO 42,3 milhões de euros que deviam ser encaminhados já em Novembro. Não é primeira vez nem será a última que ocorrerão situações deste género. Acabam por constituir uma espécie de chantagem para os que ousam pôr em causa o poder imperial. Por outro lado, também vêm demonstrar, mais uma vez, que as ilusões sobre Obama não passaram disso mesmo, ilusões.
Luís Moleiro
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