sábado, 30 de junho de 2018
MAIS CONSEQUÊNCIAS DA CRIMINOSA VENDA DOS CTT PELO GOVERNO PSD/CDS
E não vão terminar tão cedo as consequências nefastas da venda dos CTT pelo Governo PSD/CDS. Estamos perante uma empresa do Estado que dava lucro e, acima de tudo, servia muito bem as necessidades das populações. (Imagem do Expresso Economia)
CITAÇÕES
Os juízos morais associam a prostituição ao desvio, ao pecado e
ao crime, e não servem os direitos destas pessoas.
(…)
É dando-lhes visibilidade e voz, é construindo uma agenda para
os direitos, é descriminalizando todas as práticas associadas, para que não
permaneçam nos subterrâneos da realidade [que se resolvem os problemas
das trabalhadoras do sexo].
Cecília Honório e Ricardo Fuertes,
Público (sem link)
O
México é um dos países mais desiguais da OCDE (os 10% mais ricos recebem 36% do
rendimento nacional, os 10% mais pobres ficam com 1,8%).
(…)
A
agricultura familiar [do México] foi destroçada, mais de cinco milhões de
camponeses foram arruinados pelas importações de cereais subsidiados dos
Estados Unidos.
(…)
A
subida de juros no vizinho do Norte leva a uma fuga de capitais, o que enfraquece
a relação cambial e a capacidade produtiva do México.
Francisco Louçã, Expresso Economia (sem link)
Os
que retiram vantagens do abandono e da epidemia de eucaliptos no território é
que andam a travestir o eucalipto de diabo.
Os jornais portugueses, uns mais do que outros, deixaram há
muito de querer “interessar
a todas as classes”, deixando de fora das suas páginas uma parte
maioritária dos portugueses.
(…)
Um exemplo: em plena luta dos professores, o que é que sabemos
da condição de se ser professor hoje, numa escola comum, com alunos comuns, mas
reais, os que existem, os que lá estão?
Pacheco Pereira, Público (sem link)
[Portugal] tem mais de dois milhões de emigrantes no mundo, um
número que pode chegar aos cinco milhões se forem contabilizados os
luso-descendentes.
(…)
A história do mundo é uma história de migrações e querer fechar
fronteiras é uma tentativa falhada de a contrariar.
(…)
A necessidade das populações de países pobres de partirem das
suas terras pode ser contrariada com políticas de apoio ao desenvolvimento
desses países.
São José Almeida, Público (sem link)
Num
país que se tornou um mar de alforrecas de corrupção, não falta trabalho de
polícia, faltam só mesmo polícias para trabalhar.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)
Se
bem que com uma intensidade bem diferente, do resto da Europa do sul (…), os
factores que têm levado à derrocada do sistema partidário também se encontram
presentes em Portugal.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
A
forma descontrolada como a agricultura intensiva vem cobrindo o Parque Natural
do Sudoeste Alentejano, originou uma inspeção cujos resultados são arrasadores.
Luísa Schmidt, Expresso (sem link)
Os
socialistas, que há uma década seriam marginais, ganham cada vez mais força
dentro do partido (Democrático dos EUA)
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
O
problema fundamental que se levanta quando os países levantam taxas
alfandegárias é que causam danos económicos a si mesmos.
Paul De
Grauwe, Expresso Economia (sem link)
JOÃO VASCONCELOS, DEPUTADO DO BE, QUESTIONOU MINISTRO DO AMBIENTE
Em audição na Comissão Parlamentar do
Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local
e Habitação, o deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos questionou o
Ministro do Ambiente acerca da dispensa de Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
para o furo de prospecção de hidrocarbonetos ao largo de Aljezur previsto para
meados de Setembro. (27-06-2018).
sexta-feira, 29 de junho de 2018
FRASE DO DIA (879)
[A
agressão de Nicol] destapa a complacência institucional com a discriminação e a
impunidade com que atuam algumas pessoas que se abrigam na condição de
“seguranças privados”.
CRISTAS MENTE DESCARADAMENTE
Na última reunião da Câmara Municipal de Lisboa,
Assunção Cristas voltou a tentar branquear a sua responsabilidade na Lei dos
Despejos mas foi veementemente denunciada pelo vereador Ricardo Robles do Bloco
de Esquerda.
OLHO POR OLHO DENTE POR DENTE – A CRUELDADE REFORÇADA NOS TEMPOS DE HOJE
A
toda a hora surgem evidentes exemplos de que a crueldade humana se mantém intacta
desde tempo imemoriais apenas diferindo na forma como é aplicada ainda que uma
imensa panóplia de leis tenda a limitá-la quer a nível de cada país quer no âmbito
internacional. O que continua evidente é que a lei do mais forte continua a dominar a favor dos interesses de
alguns (poucos) e em detrimento da esmagadora maioria. Os exemplos não faltam e
são esmagadoramente provenientes da (ainda) maior potência mundial já que é de
lá que se define o que é bem e mal conforme se trate de aliados ou inimigos dos
EUA.
O
recente enjaulamento de crianças filhas de migrantes que pretendiam entrar nos
Estados Unidos é a mais recente barbaridade com origem naquele país e que
Domingos Lopes refere no seguinte artigo de opinião que transcrevemos do “Público”
de hoje.
Em 1772 a.C., o rei babilónio Hamurabi, do alto do seu
poder, mandou publicar o primeiro Código que ficou para sempre com o seu nome.
Por toda a Babilónia, em escrita cuneiforme, acádio, se expôs para uma ínfima
minoria que sabia ler o Código.
De visita ao Museu de Pergamo, em Berlim, na famosa
Avenida Unter den Linden, lá está a olhar para nós a pedra negra contendo o
Código. E não é sem emoção que se olha para aquela pedra e se imagina o longo
percurso do inveterado caminhante que é o homem desde então até hoje.
Os habitantes do reino da Babilónia passaram a ter
algo escrito, mesmo os que não tinham olhos que lessem. Poderia haver quem
lesse por eles.
Nesse Código, os princípios dominantes eram os da
chamada lei de Talião, olho por olho, dente por dente. Quem, em matéria
criminal, cometesse um certo crime, ser-lhe-ia aplicada sanção idêntica à do
crime praticado. Se um criminoso cegava um cidadão, a pena era ser cego. Se
assassinava, era morto.
Apesar da barbaridade de tais princípios, o simples
facto de se apresentarem as normas compiladas era um avanço, pois dava aos mais
fracos a possibilidade de invocarem a lei. A nesga de esperança era maior num
quadro de brutal arbítrio dos mais fortes.
Mais bárbaro (tendo em conta os 3790 anos passados)
que a natureza daquele Código é o modo como alguns dirigentes mundiais encaram
o mundo e as relações internacionais.
A guerra do Iraque levada a cabo por George W. Bush
constitui a exata aplicação da lei de Talião com a agravante de se basear numa
mentira espalhada no mundo. Quase quatro mil anos depois de Hamurabi, é de novo
a sua filosofia a dominar na maior potência mundial.
Como a Carta das Nações Unidas proíbe a guerra, Bush
procurou o velho Código de Hamurabi. Subverter as leis de que os próprios EUA
foram legisladores com o seu apoio para voltarmos à lei do mais forte.
Quando, recentemente, Trump, o dono da Casa Branca,
decidiu, alegadamente em retaliação por atentados do Daesh, lançar no
martirizado Afeganistão a mãe de todas as bombas, voltámos ao mais elementar
princípio de Talião, em pleno século XXI. E no anúncio de tal façanha constava
a capacidade de Trump voltar à carga com poder mais destrutivo...
Com Trump a lei de Talião vai muito para além de olho
por olho, dente por dente. A lei, anunciada com toda a pompa, que permitiu o
enjaulamento de crianças trazidas pelos seus pais, atinge menores que nada têm
a ver com a ação dos progenitores, os autores do ilícito. Para tanto, alguns
dignitários da Administração Trump invocaram a Bíblia para justificar semelhante
proeza. É a suprema crueldade enjaular crianças por causa de atitudes dos
progenitores e invocar o nome de Deus em vão. Nem Hamurabi.
Só o clamor mundial que assomou proporções gigantescas
fez recuar o negociante que tomou conta da Casa Branca e quer aprisionar o
mundo para os seus amigos proclamarem America first...
De Hamurabi a Trump vão três mil
setecentos e noventa anos. O que a Humanidade passou para chegarmos à Carta das
Nações Unidas e aos direitos dos seres humanos... Quantas guerras, quantos sofrimentos
e quantas alegrias... Afinal, na curva da estrada estava Trump a lembrar que o
passado está sempre presente.
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