sábado, 17 de agosto de 2019

CITAÇÕES


Uma das distorções das nossas representações sobre o que nos rodeia assenta na invisibilidade de grande parte do trabalho humano.
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Ao longo dos anos, sem greves, alguém falou da centralidade deste trabalho e das condições penosas em que é feito?
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O objetivo de uma greve é (…) mostrar que, se os trabalhadores pararem, o mundo pára.
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Também é óbvio que se a definição de serviços mínimos é de tal modo maximalista que torna potencialmente nulos os efeitos de uma greve, isso é uma forma objetiva de esvaziar esse direito.
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[O Governo] fez muito mal em abusar dessa prorrogativa para fixar verdadeiros “serviços máximos” em áreas que não são, objetivamente, “necessidades sociais impreteríveis”, que é o termo da lei.
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Há linhas que não devem e não podem ser transpostas. E o Governo quis transpô-las.

No ISEG calcula-se o valor real de um salário mínimo em Portugal em pelo menos 1000 euros.
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O que se verificou nestes serviços mínimos [da greve dos camionistas] já tinha tido lugar na greve dos enfermeiros – durante a greve havia mais enfermeiros a trabalhar do que em dias regulares.
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O mais crítico deste conflito [com os motoristas de produtos perigosos] é que o direito à greve foi totalmente posto em causa com serviços máximos e militarização dos protestos sociais.
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O Estado considera tabu nacionalizar a Galp, mas normal contribuir para este caos empresarial flexibilizando a lei laboral.
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Em vez de um Estado social universal (para todos) baseado em impostos progressivos, temos um Estado assistencial focalizado (para trabalhadores pobres) sustentado por impostos regressivos.
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Os motoristas estão a defender a democracia porque estão a defender o emprego com direitos.
Raquel Varela, “Público” (sem link)

[Os motoristas de matérias perigosas queixam-se de que] há os salários baixos, complementados com pagamentos extra que não entram nas contribuições para a segurança social e, portanto, diminuem os direitos destes trabalhadores em caso de reforma ou doença.
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No país que temos, é fácil acreditar que os motoristas têm uma boa parte da razão.
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Portugal é um país de salários baixos. Segundo os dados do Eurostat, cerca de 11% das pessoas com mais de 18 anos que trabalham são pobres, o que coloca Portugal acima da média europeia.
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Portugal, com a sua combinação de baixos rendimentos com desigualdade elevada, aparece ao lado da Coreia do Sul e dos países de Leste, longe dos países mais bem classificados, como a Bélgica, a Dinamarca e a Noruega.
Susana Peralta, “Público” (sem link)

Os últimos séculos têm sido marcados por um aumento exponencial da exploração de recursos minerais, a nível mundial, relativamente a todos os períodos históricos precedentes.
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Não foram as explorações mineiras do século passado que trouxeram o desenvolvimento, a educação e a literacia
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Agora prometem-nos que tudo vai mudar, porque sob os augúrios desta nova sociedade tecnológica surgiu um novo ouro e, desta vez, branco: o lítio.
Todos estes danos terão de ser pagos pelas populações, e estas não contam na tabela das compensações e nem nos planos de viabilidade económica de um pedido de exploração.
Maria do Carmo R. Mendes, “Público” (sem link)

No caso destes motoristas [de produtos perigosos], estão em causa condições de trabalho duras e o seu principal líder assume uma vida de capa de revista de famosos e alega ter uma atividade como advogado de renome internacional.
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Uma sociedade comandada por valores em que o futuro não conta vive do imediatismo. Uma greve por tempo indeterminado ou é um êxito imediato ou um desastre.
Domingos Lopes, “Público” (sem link)

O desafio de adaptação às alterações climáticas irá mudar completamente a forma de vida nos domínios de utilização de energia, mobilidade, habitação, trabalho, agricultura e até mesmo a alimentação.
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Basta tomar consciência do estado dos oceanos e dos plásticos que os invadem para que se perceba que algo tem necessariamente que mudar.
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o planeta não precisa de ser salvo, a espécie humana é que precisa.
Carlos Páscoa, “Público” (sem link)

Não haveria notícia que o Governo mais gostasse de receber do que a manutenção da greve dos motoristas de transportes de matérias perigosas até o mais perto possível das eleições de Outubro.
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António Costa conseguiu, habilmente, impedir que os motoristas possam pôr um fim à greve, saindo dela de cara lavada.
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Que alguém proteja [os motoristas] de quem fala por eles.

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