Um grupo de comandantes das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) anunciaram nesta
quinta-feira (29/08) que irão voltar à luta armada em resposta ao que chamam de
“traição do Estado colombiano aos Acordos de Paz”, que foram assinados em
Havana em 2016.
Iván Márquez, Jesús Santrich e Hernán Darío
Velásquez, conhecido como El Paisa, fizeram o anúncio de que voltariam às
atividades guerrilheiras. Márquez, que foi um dos negociadores em Havana,
invocou o “direito universal dos povos de se levantarem em armas contra a
opressão”.
“Desde a assinatura do Acordo de Paz de
Havana e do desarme ingênuo da guerrilha a troco de nada, não para a matança.
Em dois anos, mais de 500 líderes do movimento social foram assassinados e já
se somam 150 ex-guerrilheiros mortos em meio à indolência e à indiferença do
Estado... tudo isso, a armadilha, a traição e a perfídia, a modificação
unilateral do texto do acordo, o incumprimento dos compromissos por parte do
Estado, as montagens judiciais e a insegurança jurídica nos obrigaram a
regressar ao monte. Nunca fomos vencidos, nem derrotados ideologicamente, por
isso a luta continua. A história registará em suas páginas que fomos obrigados
a retomar as armas”, disse Márquez, em vídeo publicado no YouTube.
Breno Altman
comenta no vídeo acima a situação colombiana. (via Opera Mundi)
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