domingo, 11 de agosto de 2019

MAIS CITAÇÕES (42)


Nas guerras económicas de hoje são usadas armas cujos efeitos não são inteiramente conhecidos e que podem desencadear novas perturbações.
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Que tenhamos um homem na Casa Branca a brincar ao aprendiz de feiticeiro não é novidade nestes dois anos, mas mostra que tudo se tornou possível. Basta lançar um fósforo no barril de pólvora.
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Em julho, a Amazónia perdeu o equivalente a uma ilha de Manhattan por dia.
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Os níveis diários do degelo das calotes polares são os que estavam previstos nos modelos que estudam a degradação ambiental para 2070.
Francisco Louçã, “Expresso” Economia (sem link)

Vários acontecimentos recentes têm vindo a revelar sinais cada vez mais perturbadores de que o internacionalismo de extrema-direita está a transformar Portugal num alvo estratégico.
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Portugal é o único país da Europa com um governo de esquerda numa legislatura completa e em que se aproxima um processo eleitoral, e é o único onde não tem presença parlamentar nenhum partido de extrema-direita.
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Não se pode esperar da UE muito mais do que a defesa da democracia liberal, mas esta corre mais riscos de morrer democraticamente sem a UE do que com a UE.
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Talvez [as esquerdas] se lembrem de que as diferenças entre elas sempre pareceram mais importantes quando vistas do interior das forças de esquerda do que quando vistas pelos seus adversários.
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Os EUA são hoje um defensor muito condicional da democracia, pois só a defendem na medida em que ela é funcional aos interesses das empresas multinacionais norte-americanas.
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O governo democrático socialista de Salvador Allende, hostilizado pelas elites locais e pelos EUA, sofreu a sua crise final depois das greves de sindicatos de motoristas de combustíveis, precisamente devido à paralisação do país e à imagem de ingovernabilidade que reflectia.
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Os idiotas úteis são aqueles que, com as melhores intenções, jogam o jogo da extrema-direita, embora nada tenham a ver com ela.
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As forças de esquerda em Portugal têm vindo a dar testemunho de um notável bom senso que dificulta as manobras da extrema-direita.
Boaventura Sousa Santos, “Público” (sem link)

O Governo merece críticas face aos seus "serviços máximos", às suas crónicas insuficiências na dinamização da negociação coletiva e à sua complacência perante a depauperização da Segurança Social.
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Há um potencial de ambiguidade, e de fugas ao cumprimento da legislação laboral, por ser permitido a muitos patrões mascararem relações de trabalho assalariado sob a capa de "modernidade da economia colaborativa".
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As tensões entre a condição de prestador de serviços e de trabalhador por conta de outrem estão a marcar o presente e marcarão o futuro.

A diferença [entre salário praticado e salário real] serve para os patrões ludibriarem o Estado e deixarem os trabalhadores desprotegidos na doença, no desemprego e na refora.
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Por ser um mercenário, [Pedro Pardal Henriques] quer parar o país por tempo indeterminado a meio de um processo negocial bem encaminhado por causa de aumentos em 2021.
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O que não é habitual é trabalhadores do privado fazerem greve a pensar no Governo.
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Os sindicatos não são empresas de organização de greves, são organizações de autorrepresentação dos trabalhadores.
Daniel Oliveira, “Expresso” (sem link)

Um relatório das Nações Unidas antecipa uma cisão populacional entre ricos e pobres por causa da escassez alimentar global.
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Nem tudo é mau nesta nossa crise, é por exemplo bom ver que através de instituições democráticas se faz a discussão, em torno desta greve sobre proporcionalidades.
Pedro Santos Guerreiro, “Expresso” (sem link)

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