O que se vive no Brasil é
agravado por instituições fracas, incapazes de confrontar o poder ou impedir a
violência perpetrada pelo governo e pelo presidente.
(…)
Pensemos no que se está a
passar na Amazónia e na absoluta irresponsabilidade de um presidente que decide
acusar as ONG ambientalistas de incendiárias, supostamente por retaliação aos
cortes governamentais.
(…)
O pulmão do planeta arde mais do que
nunca, o presidente em exercício é
responsável por uma política ativa de destruição da Amazónia.
O capitalismo financeiro gera a bolha,
vive da bolha e depois tem medo que ela rebente.
(…)
Há já indicações de que os gastos com
capital estão a reduzir-se a nível global, e os investimentos em capacidade
produtiva, geradores de emprego, há muito que estão a cair.
(…)
[Por pressão da Alemanha], nem se começou
a criar [na Europa] uma economia que respondesse ao envelhecimento populacional
nem houve investimento necessário nas infraestruturas para a transição
climática.
(…)
Foi imposta por toda a Europa uma
máquina de austeridade.
(…)
Se o risco para a economia europeia é o
perigo alemão, (e o medo do Brexit), para a economia mundial é Trump.
Francisco Louçã,
“Expresso” Economia (sem link)
Portugal é um país muito desigual e as
desigualdades de rendimento formam-se no mercado de trabalho.
(…)
Sem reforço do sindicalismo estamos
condenados a um país mais desigual e a um mundo do trabalho sempre mais
precário e nas margens da legalidade.
Pedro Adão e
Silva, “Expresso” (sem link)
A coisa é pior do que pintam: não
assistimos à alvorada de um novo sindicalismo mas ao estertor do sindicalismo.
(…)
Sem a pressão dos trabalhadores
organizados nenhum governo nos defenderá. Como se viu no orgulho com que o
Governo vergou os camionistas e nos inacreditáveis serviços mínimos impostos na
Ryanair.
Daniel Oliveira,
“Expresso” (sem link)
A solução encontrada [a
“geringonça] foi exemplar no quadro conjuntural em que foi construída e
constituiu uma experiência irrepetível, até pelo seu ineditismo, que obrigou a
uma urdidura política complexa e criativa.
(…)
Os portugueses ganharam
bastante com esta solução, embora as políticas seguidas apenas tenham
propiciado um travão ao fundamentalismo austeritário e permitido pequenos
passos de reposição de alguns direitos e rendimentos a uma parte significativa
dos cidadãos.
(…)
Uma segunda
"geringonça", que se deseja, só existirá se, nas eleições de 6 de
outubro, for vencido o centrão de interesses, que tem acumulado incomodidades
ao longo dos últimos quatro anos.
(…)
É tempo de um forte
combate pela criação de condições para uma segunda "geringonça", em
novo contexto e condições, e de se propor desde já acordos programáticos mais
detalhados e exigentes.
A democracia é o único
regime que permite a liberdade e o pluralismo, mas não celebra ditadores e
rejeita a ditadura, a pressão política, a censura e a tortura.
Irene
Flunser Pimentel, “Expresso” (sem
link)
Nenhuma forma de poder é
independente do sistema de ideias e valores que norteiam a sociedade.
(…)
Só os que controlam o
discurso, as narrativas e o imaginário da população a podem dirigir.
Rui Catalão, “Público” (sem link)
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