O
texto seguinte é a transcrição de uma notícia de um jornal diário da semana
passada (29 Março) relativamente à qual, não se deu conta de qualquer reacção/comentário
nos principais meios de comunicação social, em especial nos de maior audiência.
Este ensurdecedor silêncio não significa mais do que um encolher de ombros
perante a possibilidade de 1,4 milhões de crianças morrerem de fome sendo que
nenhuma delas é branca europeia ou norte-americana…
Estivéssemos
nós perante um grupo de cidadãos brancos europeus ou americanos que corressem
perigo de vida em consequência de uma diarreia contraída em África e teríamos
telejornais a abrir com esta notícia. Já sabemos como é…
Por
outro lado também já sabemos como é quanto aos milhares de milhões para apoiar
a banca. Numa altura em que se sabe que nunca houve tanto dinheiro a circular
no mundo, onde ele falta mesmo é para salvar vidas de crianças inocentes. Cada um
que tire as suas conclusões.
Fome pode matar
cerca de 1,4 milhões de crianças.
Cerca
de 1,4 milhões de crianças estão em risco de morte por desnutrição na Nigéria, Somália,
Sudão do Sul e Iémen alertou ontem [28 Março 2017] o Fundo das Nações Unidas
para a Infância (UNICEF).
A
agência da ONU indicou ainda que estas crianças fazem parte dos 22 milhões de
menores deslocados que sofrem de fome, doenças e tiveram de abandonar a escola.
“As
crianças não podem esperar outra declaração de fome para que tomemos medidas”
disse o director de Emergências da UNICEF, Manuel Fontaine, num comunicado que
pediu ajuda para responder às necessidades imediatas destes quatro países
afectados pela fome, a seca e os conflitos armados.
“Aprendemos
com a [seca na] Somália de 2011 que, quando se declarou a fome, um número
incalculável de crianças já tinha morrido. Isto não pode voltar a acontecer”,
afirmou Fontaine.
A
UNICEF necessita de cerca de 255 milhões de dólares para proporcionar a estas
crianças serviços de alimentação, água, saúde, educação, protecção durante os próximos
meses, segundo uma actualização do financiamento da organização.
“À
medida que a violência, a fome e a sede forçam as pessoas a deslocarem-se
dentro e fora das fronteiras, as taxas de desnutrição continuarão a aumentar, não
só nestes quatro países, mas também na bacia do lago Chade e no Corno de África”
alertou, destacando a situação dos países vizinhos.
O Iémen vive a maior emergência
alimentar do mundo, com 7,3 milhões de pessoas que necessitam de ajuda neste
momento, segundo a ONU.
Sem comentários:
Enviar um comentário