quarta-feira, 5 de abril de 2017

ALERTA DA UNICEF



O texto seguinte é a transcrição de uma notícia de um jornal diário da semana passada (29 Março) relativamente à qual, não se deu conta de qualquer reacção/comentário nos principais meios de comunicação social, em especial nos de maior audiência. Este ensurdecedor silêncio não significa mais do que um encolher de ombros perante a possibilidade de 1,4 milhões de crianças morrerem de fome sendo que nenhuma delas é branca europeia ou norte-americana…
Estivéssemos nós perante um grupo de cidadãos brancos europeus ou americanos que corressem perigo de vida em consequência de uma diarreia contraída em África e teríamos telejornais a abrir com esta notícia. Já sabemos como é…
Por outro lado também já sabemos como é quanto aos milhares de milhões para apoiar a banca. Numa altura em que se sabe que nunca houve tanto dinheiro a circular no mundo, onde ele falta mesmo é para salvar vidas de crianças inocentes. Cada um que tire as suas conclusões.
Fome pode matar cerca de 1,4 milhões de crianças.
Cerca de 1,4 milhões de crianças estão em risco de morte por desnutrição na Nigéria, Somália, Sudão do Sul e Iémen alertou ontem [28 Março 2017] o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A agência da ONU indicou ainda que estas crianças fazem parte dos 22 milhões de menores deslocados que sofrem de fome, doenças e tiveram de abandonar a escola.
“As crianças não podem esperar outra declaração de fome para que tomemos medidas” disse o director de Emergências da UNICEF, Manuel Fontaine, num comunicado que pediu ajuda para responder às necessidades imediatas destes quatro países afectados pela fome, a seca e os conflitos armados.
“Aprendemos com a [seca na] Somália de 2011 que, quando se declarou a fome, um número incalculável de crianças já tinha morrido. Isto não pode voltar a acontecer”, afirmou Fontaine.
A UNICEF necessita de cerca de 255 milhões de dólares para proporcionar a estas crianças serviços de alimentação, água, saúde, educação, protecção durante os próximos meses, segundo uma actualização do financiamento da organização.
“À medida que a violência, a fome e a sede forçam as pessoas a deslocarem-se dentro e fora das fronteiras, as taxas de desnutrição continuarão a aumentar, não só nestes quatro países, mas também na bacia do lago Chade e no Corno de África” alertou, destacando a situação dos países vizinhos.
O Iémen vive a maior emergência alimentar do mundo, com 7,3 milhões de pessoas que necessitam de ajuda neste momento, segundo a ONU.

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