Há
organizações que, de forma envergonhada – têm razões para isso – pretendem branquear
acções criminosas de regimes déspotas, mas não querem que essas tomadas de
posição se tornem públicas e, então, tratam de desviar as atenções da opinião
pública, espalhando a mentira e escondendo a verdade. Todos têm o direito de
escolher quem quiserem para o seu círculo de amizades mas o que não podem é fazer
dos outros parvos, atirando a realidade para debaixo do tapete.
No
seguimento deste raciocínio, redes sociais e outros meios de comunicação tentaram
espalhar a ideia de que o Bloco finalmente deixou cair a máscara de esquerda e
se revelou como agente de Trump em São Bento, quinta coluna de legitimação
(sic) do ataque estadunidense à Síria. Já era de suspeitar, visto que o Bloco
nunca convidou partidos sírios pro-Assad ao seu congresso.
Que
não se deturpem os factos.
O Bloco de Esquerda não votou a favor dos ataques à
Síria. Muito pelo contrário. O voto que mereceu os votos favoráveis de PS, PSD,
Bloco, CDS e PAN, e a rejeição de PCP/Verdes versava da seguinte forma:
"Assim, a Assembleia da República reunida em sessão Plenária decide
apresentar um voto de condenação pelo ataque químico à cidade síria de Khan
Cheikdhoun, apelando ao fim da violência contra civis inocentes e à intervenção
da comunidade internacional de forma a apurar toda a verdade sobre o que
aconteceu nesta cidade do norte da Síria. Ao mesmo tempo, a Assembleia da
República apresenta as suas mais sentidas condolências e a sua solidariedade
para com as populações sírias afetadas por mais este ataque".
A intervenção do
Bloco está aqui, para que não restem dúvidas.
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