Da
entrevista a Francisco Louçã que podemos ler no Público de hoje, retirámos as
seguintes afirmações por as considerarmos mais significativas na parte que se
refere ao relatório sobre reestruturação da dívida que chegou recentemente ao
conhecimento público.
- Esse tratado [Orçamental] não
é viável, o que ele impõe a Portugal é um sacrifício de tal modo grave que só
pode perturbar a democracia e diminuir a economia portuguesa.
- [O PS] introduz no debate
político um compromisso para si próprio, que é o compromisso do partido do
Governo, de o apresentar perante as autoridades europeias.
- [A proposta de reestruturação
da dívida] é uma proposta diferente das que o BE tinha feito, estudava outros
cenários.
- O único extremismo é a
austeridade.
- As soluções anteriores do BE
eram para uma negociação.
- O que esta proposta [de
reestruturação da dívida] faz é um passo de gigante.
- Para o BE são duas vantagens:
primeiro é que tem que haver uma reestruturação; segundo é que a UE tem que
responder perante essa [proposta de] reestruturação.
- O que Portugal não pode
aceitar é degradar a sua democracia ao ponto de perder capacidade de uma
economia que responde pelos seus.
- O que aconteceu com este
relatório é que, pela primeira vez, passou a haver uma posição maioritária na
política portuguesa, porque o acordo entre o PS e o Bloco de Esquerda
representa uma maioria na política portuguesa.
- [Eu] definiria [este
relatório] como um compromisso tecnicamente cuidadoso sobre um cenário que foi
posto em cima da mesa.
- Para temos as coisas com a
profundidade que elas merecem, é preciso estudar estas matérias, é preciso
apresentar contas detalhadíssimas.
- O PS foi chamado pela primeira
vez ao citar uma reestruturação da dívida, isso é uma mudança total em
Portugal.
- Agora já não é estarmos à
espera da Europa, agora é nós dizermos à Europa que queremos um corte de 72 mil
milhões na dívida.
- A liderança europeia está-se a
desagregar.
- O Estado português passou a
ter uma obrigação, veremos se a cumpre, tem que a cumprir se respeitar os seus
cidadãos e se a política for uma coisa de gente séria.
- O nosso perigo não é só Le
Pen, o nosso perigo é todas as derivas políticas que ocorrem, a desagregação
dos sistemas democráticos e é a economia que mata.
- Esta maioria tem de se fazer
com um único critério, que é resolver problemas das pessoas.
- A ameaça [de saída do euro] está presente cada dia na nossa
sociedade e cada dia na nossa vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário