PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE MORRE-SE À FOME HAVENDO COMIDA DE SOBRA
Imagem roubada do blog 5 Dias
Toda a gente sabe que Pacheco Pereira é um elemento desalinhado da orientação oficial do PSD. Pensa pela sua cabeça – honra lhe seja feita – o que significa que, muitas vezes, é um forte crítico das medidas emanadas pelos governos liderados pelo seu partido. Se as suas objecções coincidem com as da oposição é por mera coincidência. Por isso devemos dar-lhe algum crédito ao que afirma e escreve sobre algumas situações. É o que sucede em relação à situação das finanças regionais da Madeira.
“Disse-me Rita Brandão Guerra, deste jornal, que Sua Excelência se fez acompanhar [aos Açores] de 30 pessoas, 12 seguranças, dois fotógrafos oficiais, médico e enfermeira pessoais, dois bagageiros e um mordomo inclusos” é uma informação retirada de um artigo de opinião do prof. Santana Castilho (“Público” 28/9) que não surgiu em nenhum dos principais órgãos de comunicação social tanto quanto temos conhecimento.
A direita e alguns dos seus amigos sentem muita dificuldade em lidar com a democracia. Vai daí a tendência para os arranjos de secretaria que garantam a manutenção do poder. Quando uma dada situação deixa de ser tão vantajosa quanto desejam, logo surgem ideias no sentido de serem alteradas as regras do jogo, mesmo que seja ao arrepio da democracia.
Muitas vezes sentimos dificuldades para obtermos uma explicação cabal para muitos problemas que atingem globalmente o mundo, em especial, a extrema injustiça na distribuição da riqueza que se produz. Sabendo-se que nunca houve tanto dinheiro em circulação à escala global, por que razão o fosso entre ricos e pobres não dá mostras de abrandar? Antes pelo contrário, assistimos a um crescente aumento do número de pessoas que não vêem supridas as suas carências básicas, a todos os níveis. A tendência é procurarmos as causas de tal situação com base na informação que nos entra em casa através dos meios de comunicação social dominantes. É, de todo, uma informação incompleta e, sobretudo, filtrada. O que é determinante não chega muitas vezes até nós. Por isso, temos de estar sempre precavidos e desconfiar que há sempre qualquer coisa que nos pode estar a ser escondida. Por exemplo, a informação de que “737 donos do mundo controlam 80% do valor das empresas mundiais” dificilmente terá uma substancial divulgação de forma a influenciar grandes camadas da população mundial. Acaba por ficar tudo num círculo muito restrito que, apesar de todos os esforços não consegue fazer chegar essa informação a quem mais interessa. As redes sociais e a Internet ainda não conseguem superar esta lacuna tanto quanto seria necessário até porque a atenção das pessoas é habilidosamente desviada para acontecimentos fúteis que são empolados de forma artificial.
A palavra “corte” é a que mais se vem ouvindo na boca dos governantes quando se referem a áreas como saúde, educação, segurança social, subsídio de desemprego, rendimento social de inserção, TSU, direitos dos trabalhadores, rendimento disponível, etc.
A lógica da doutrina neoliberal identifica-se à volta do princípio “menos Estado melhor Estado” mas tem uma enorme dificuldade em explicar como é possível que a promoção da desigualdade social através da incapacitação dos Estados “no desempenho das suas funções de protecção dos cidadãos contra riscos colectivos e de promoção do bem-estar social” venha a ser benéfica para a grande maioria das populações.
Os portugueses têm o hábito, em parte, salutar de anedotar assuntos sérios que muitas vezes nos atingem enquanto povo. É talvez uma forma de exorcizarmos demónios que nos atormentam e relativamente aos quais nos sentimos impotentes ou não temos coragem para os enfrentar.
Uma notícia, quase escondida na secção de economia do JN online, dá-nos conta que só em 2025 as ex-SCUT darão lucro e, até lá, custarão 4,4 mil milhões de euros ao erário público.
A redução da Taxa Social Única (TSU) está a fazer correr muita tinta em diferentes sectores de opinião. Da esquerda à direita, muita gente entende que baixar a contribuição das empresas para a segurança social trará efeitos nefastos para Portugal. No mínimo, poderá dizer-se que os prejuízos serão muito superiores aos benefícios pelo que todos ficaremos a perder. É significativo que tantas pessoas com orientações ideológicas diferentes estejam a chamar a atenção para o clamoroso erro que o Governo poderá estar a preparar-se para tomar. A juntar ao exemplo que aqui deixámos há três dias, mais duas tomadas de posição vieram ao nosso encontro na imprensa do fim-de-semana. Uma delas é a opinião do conhecido jornalista Daniel Oliveira no “Expresso” e outra, a de Pedro Jordão, Presidente do Centro de Estudos Internacionais no “Diário de Coimbra”, personalidades diversas sob o ponto de vista ideológico.
A 16 de Setembro de 1987, 46 países assinaram um documento que ficou conhecido por “Protocolo de Montreal”, no qual se comprometeram a parar de fabricar o gás Clorofluorcarbono (CFC), apontado pela comunidade científica como o maior responsável pela destruição da camada de ozono na estratosfera. Para comemorar esse esforço multinacional, a ONU declarou a data como Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono.
Mais uma notícia da pátria dos “direitos humanos” que deixaria boquiaberto quem já não conhecesse o que por lá se passa. A história conta-se em poucas palavras: uma mulher de 41 anos foi despedida de uma fábrica onde trabalhava porque faltou ao trabalho para doar um rim a um filho. Na sequência da intervenção cirúrgica a que foi submetida, Cláudia Rendon deu conhecimento ao patrão de que precisaria de mais alguns dias de recuperação para além do que a licença determinava porque sentia ainda muitas dores nas costas. Quando regressou ao trabalho foi informada de que se encontrava despedida tendo o seu lugar sido já preenchido.
É preciso recuar a 1983 para se encontrar nos EUA uma taxa de pobreza mais elevada do que a actual. Segundo dados estatísticos ontem divulgados, o valor da taxa de pobreza naquele país era de 15,1% em 2010, o que corresponde a 46,2 milhões de americanos que vivem em situação de carência. O crescimento da pobreza não deve ser alheio à quebra do rendimento médio das famílias que atingiu 2,3% no mesmo período. Em cada seis americanos um é pobre. É obra num país que com tanta facilidade pretende dar lições ao mundo em termos de direitos humanos!
O Serviço Nacional de Saúde está a ser alvo de um monumental ataque que visa o seu desmantelamento, de modo a transformar em negócio a maior parte das necessidades de saúde dos portugueses ou seja, a parte susceptível de proporcionar grandes negócios já que a restante, a que não dá lucros continuará a cargo do Estado. É sempre assim e não é preciso ser-se economista ou conhecer muito bem os meandros da política para se perceber onde um governo com a marca ideológica do PSD/CDS quer chegar.
Pelas manifestações de pesar que somos dados a observar quando o povo norte-americano sofre alguma tragédia (grande ou pequena), ficamos com a sensação de que a vida de cada cidadão estadounidense tem um valor muito superior ao de qualquer outro no mundo inteiro.
Na intervenção de encerramento do Fórum Novas Ideias para a Esquerda, que decorreu com grande participação em Coimbra no passado fim-de-semana, Francisco Louçã revelou que o BE defende a realização de um referendo sobre a privatização das Águas de Portugal, “mesmo que a 49 por cento”. Esta iniciativa já foi lançada na Assembleia da República, revelou o coordenador do Bloco de Esquerda.
Não nos iludamos – os cortes nos incentivos para a realização de transplantes são uma realidade com efeitos retroactivos desde o início do ano. Além disso, ao contrário do que o ministro da Saúde assegurou na Assembleia da República, a actividade dos transplantes em Portugal está posta em causa, também pelos cortes sistemáticos nas verbas que lhe estavam destinadas.
Desconhecemos em quantos países com reconhecidas democracias estáveis existe um cargo no governo que se designe por “Secretário de Estado dos Direitos Humanos”. Pois esse cargo existe em Angola, onde o regime se designa por “democracia” (obviamente entre aspas) e onde os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos constituem uma farsa. Há um governante que se ocupa exclusivamente dos “direitos humanos”. Esse sujeito que dá pelo nome de Bento Bembe, perante a actual onda de repressão que se abateu sobre umas dezenas de manifestantes que ousaram denunciar a corrupção e a falta de liberdade existentes no país fez a seguinte afirmação: “Os cidadãos angolanos têm direitos plasmados na Constituição mas é preciso que sejam educados”.
O texto seguinte é o excerto de um artigo de opinião de um dos docentes mais prestigiados da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, o prof. Júlio Mota. Deu-lhe o título de “Bilhete postal” e assume a forma de carta aberta ao actual ministro da Economia.
O trabalho que Marisa Matias desenvolve no Parlamento Europeu tem tido pouco realce informativo em Portugal. Em termos de opinião pública é quase como se não existisse. Por isso, é de salientar quando um órgão de comunicação social – mesmo regional – presta alguma justiça ao trabalho da eurodeputada do BE. Deixamos aqui a transcrição de uma notícia inserida na edição em papel do “Diário As beiras”.
Mais uma triste história do ex-primeiro-ministro.
Uma das bandeiras que as democracias ocidentais constantemente exibem é a da defesa dos direitos humanos, diga-se, em abono da verdade, com muita hipocrisia à mistura. Mal um bom negócio surge no horizonte, nomeadamente no que se refere ao petróleo, eis que qualquer tirano é imediatamente transformado em pessoa de bem e recebido de braços abertos. Os exemplos são mais que muitos, sobretudo nas ditaduras que pululam no médio oriente. O mal de alguns tiranos chega quando caem em desgraça perante os seus apoiantes ocidentais. Assim aconteceu com Saddam Hussein num passado recente e, agora, com Kadhafi. Os senhores do petróleo da Líbia já são outros e o facínora já tem as mãos tão manchadas de sangue que se tornou impossível ignorá-lo perante a opinião pública.
Segundo a edição online do “Jornal do Algarve”, Alberto Almeida tomou hoje posse como novo Director Regional de Educação do Algarve.