É recorrente que gente do PS, desde simples militantes até pessoas com responsabilidade dentro do partido, perante políticas concretas, tomem posições diferentes conforme estão ou não no Governo. É o que está a acontecer agora em relação às medidas contraccionistas da economia que Passos Coelho está a tomar que não são mais que a continuação das políticas de Sócrates, embora mais violentas. É um acelerar do passo para o abismo cujo primeiro sinal foi dado pelo PS. Fomentar e facilitar os despedimentos, reduzir os salários e prestações sociais, retirar direitos aos trabalhadores, aumentar desmedidamente os impostos para os que já são os mais penalizados e, de um modo geral, atacar as condições de vida da maioria da população só pode levar a uma contracção ainda maior da economia, com terríveis consequências para a maior parte dos portugueses.
O texto seguinte, que transcrevemos do “Diário as beiras”, é da autoria de um “socialista” de Coimbra e vem demonstrar os bons resultados das políticas económicas expansionistas levadas a cabo no Brasil. Ainda há seis meses, talvez esta opinião tivesse ficado na gaveta…
Melhor defesa é o ataque
“Em 2008, quando a crise mundial começou a atingir contornos de enorme gravidade, sobretudo nos Estados Unidos, rapidamente alastrando à Europa, o então Presidente do Brasil, Lula da Silva, deixou escapar uma expressão que ainda hoje se ouve repetir amiúde: a crise nos EUA era um tsunami, no Brasil seria apenas uma marola (onda pequena).
Passados alguns anos, e sem que a crise abandone os EUA e a Europa, o Brasil continua a viver um dos melhores momentos da sua história. É, como aqui se diz, “a bola de vez”. O crescimento previsto é superior a 4% para este ano, a inflação controlada e o dito “pleno emprego” uma realidade. Todos os indicadores demonstram que o Brasil progride para se tornar em breve numa das maiores potências do Mundo. Durante muito tempo os chamados países emergentes observaram os países desenvolvidos como modelos políticos, económicos e sociais. Hoje é tempo de se fazer o exercício contrário. Sem presunção e com humildade académica (pelo menos) tentar perceber por que se vive hoje melhor no Brasil?...
Em Portugal – e o exemplo serve para muitos países europeus – o governo insiste em aumentar os impostos (seja sobre os rendimentos, seja sobre o consumo), estrangulando ainda mais as famílias e decapitando qualquer possibilidade de estimular a economia por via do investimento e consumo.
Em Portugal, faz-se de conta que se corta na despesa pública, porquanto a proliferação de organismos, agentes e entidades supérfluas abunda. Não se protegem as empresas portuguesas nem se estimulam as que mais exportam – única via para a saída da crise! No Brasil, Lula fez o oposto: baixou os impostos nos automóveis, nos electrodomésticos, lançou programas para construção de casas para classes mais desfavorecidas. Com isto – que parece pouco – por exemplo estimulou o consumo de milhões de brasileiros emergentes, alavancou a indústria do automóvel nacional e a construção civil. Hoje, sentem-se os efeitos positivos de tais medidas expansionistas. Em suma, quando uns travam “às quatro rodas” outros preocuparam-se em acelerar, comprovando que a melhor defesa é o ataque.”
Luís Moleiro
O texto seguinte, que transcrevemos do “Diário as beiras”, é da autoria de um “socialista” de Coimbra e vem demonstrar os bons resultados das políticas económicas expansionistas levadas a cabo no Brasil. Ainda há seis meses, talvez esta opinião tivesse ficado na gaveta…
Melhor defesa é o ataque
“Em 2008, quando a crise mundial começou a atingir contornos de enorme gravidade, sobretudo nos Estados Unidos, rapidamente alastrando à Europa, o então Presidente do Brasil, Lula da Silva, deixou escapar uma expressão que ainda hoje se ouve repetir amiúde: a crise nos EUA era um tsunami, no Brasil seria apenas uma marola (onda pequena).
Passados alguns anos, e sem que a crise abandone os EUA e a Europa, o Brasil continua a viver um dos melhores momentos da sua história. É, como aqui se diz, “a bola de vez”. O crescimento previsto é superior a 4% para este ano, a inflação controlada e o dito “pleno emprego” uma realidade. Todos os indicadores demonstram que o Brasil progride para se tornar em breve numa das maiores potências do Mundo. Durante muito tempo os chamados países emergentes observaram os países desenvolvidos como modelos políticos, económicos e sociais. Hoje é tempo de se fazer o exercício contrário. Sem presunção e com humildade académica (pelo menos) tentar perceber por que se vive hoje melhor no Brasil?...
Em Portugal – e o exemplo serve para muitos países europeus – o governo insiste em aumentar os impostos (seja sobre os rendimentos, seja sobre o consumo), estrangulando ainda mais as famílias e decapitando qualquer possibilidade de estimular a economia por via do investimento e consumo.
Em Portugal, faz-se de conta que se corta na despesa pública, porquanto a proliferação de organismos, agentes e entidades supérfluas abunda. Não se protegem as empresas portuguesas nem se estimulam as que mais exportam – única via para a saída da crise! No Brasil, Lula fez o oposto: baixou os impostos nos automóveis, nos electrodomésticos, lançou programas para construção de casas para classes mais desfavorecidas. Com isto – que parece pouco – por exemplo estimulou o consumo de milhões de brasileiros emergentes, alavancou a indústria do automóvel nacional e a construção civil. Hoje, sentem-se os efeitos positivos de tais medidas expansionistas. Em suma, quando uns travam “às quatro rodas” outros preocuparam-se em acelerar, comprovando que a melhor defesa é o ataque.”
Luís Moleiro
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