sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MUITO PAU, POUCA CENOURA

A palavra “corte” é a que mais se vem ouvindo na boca dos governantes quando se referem a áreas como saúde, educação, segurança social, subsídio de desemprego, rendimento social de inserção, TSU, direitos dos trabalhadores, rendimento disponível, etc.
Todos os ministérios vão sofrer cortes colossais que atingirão em cheio a classe média mas serão ainda mais contundentes para os mais desprotegidos da nossa sociedade.
Como que a justificar que não há regra sem excepção, apenas o Ministério da Administração Interna (o das polícias), para além de não sofrer qualquer corte, ainda vê a sua dotação reforçada com 400 milhões de euros no OGE de 2012. Nada que não se esperasse de um governo de direita. Dá para desconfiar que há aqui uma mãozinha de Paulo Portas já que muitas vezes revelou a sua propensão para recorrer às polícias para solucionar problemas tipicamente sociais.
Além disso, o reforço do sector repressivo é sinal de que o rol de malfeitorias que o Governo vai continuar a fazer só pode trazer forte contestação nas ruas assim como o aumento da violência sobre pessoas e bens.
Muito melhor do que nós, o escritor Manuel António Pina aborda este tema no texto que hoje assina no JN. Vale a pena lê-lo.

Luís Moleiro

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