A humanidade não pode
esquecer nem perdoar Israel pela destruição de casas e de bens e pelo
assassinato puro e simples de seres humanos indefesos, de um modo particular, crianças.
domingo, 31 de agosto de 2014
CRIMINOSOS DE GUERRA
“Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” é um ditado popular
que se aplica com toda a razão aos países que ainda permanecem aliados de Israel
no genocídio que este país vem perpetrando em Gaza, contra o povo palestiniano.
É da maior utilidade saber os seus nomes para quando chegar a hora de condenar todos os criminosos de guerra.
Assim, é bom conhecermos aquilo que a propaganda impede que
chegue aos grandes meios de comunicação social, ou seja, a colaboração com Israel,
do Reino Unido, Ucrânia, Estados Unidos, Bulgária, Alemanha, Espanha, Itália e
República Checa.
Sob o ponto de vista quantitativo há que
assinalar:
- Reino Unido: Drones de
tipo Hermes.
- Ucrânia: 193 mísseis de
tipo 32 Sa-16, 4 mísseis de tipo Sa-7, dois bombardeiros e lançadores
de mísseis BM-21.
- Estados Unidos da América: 19 aviões
de tipo F-5 (cada um no valor de de 2.7 milhões de dólares). 600
jactos de combate ar-ar no valor de 544 milhões de
dólares e 864 contentores de combustível e carburante no
valor de 2.67 milhões de dólares.
- Bulgária: 3 unidades de
artilharia com tiro de 13mm.
- Alemanha: 6 submarinos de tipo
“Dolphin”.
- Espanha: Material para a produção
de mísseis e morteiros, equipamento electrónico e tecnológico.
- Itália: 30
aviões de tipo M 346
- República Checa: Sistema de balística
táctica “Tochka”.
Fonte de informação, Irib
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
REPRESSÃO POLICIAL EM COMPOSTELA TENTA SILENCIAR MANIFESTAÇÃO CONTRA MERKEL E RAJÓI
"Queremos trabalhar, e não
emigrar", "Trabalho digno na nossa terra" e outras palavras de
ordem eram gritadas pelas pessoas concentradas, que tentaram exercer o seu
direito de livre circulação pelas ruas da capital galega. Foi aí que os
fardados espanhóis optaram por agredir as e os manifestantes, tal e como pode
ser visto no vídeo disponibilizado pelo canal de YouTube Jac Speed.
A SIC FEZ A EXPERIÊNCIA ENTRE PORTIMÃO E QUARTEIRA (1h 25m)
A SIC, na companhia de três elementos
da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) percorreu a distância entre
Portimão e Quarteira, pouco mais de 40 Km, tendo demorado 1h 25m. Está assim
demonstrada a veracidade das afirmações muitas vezes repetidas pela CUVI. A luta
pela abolição das portagens na Via do Infante tem, pois, toda a razão de ser.
Ver reportagem em http://sicnoticias.sapo.pt/programas/olhasic/2014-08-26-de-portimao-a-quarteira-sem-portagens-e-sem-pressa
terça-feira, 26 de agosto de 2014
MENSAGEM FORTÍSSIMA
Estas duas imagens são uma
marca do nosso tempo. Para que haja regiões do nosso planeta em que se alimenta
cães bem nutridos a biberon, tem de haver outras em que seres humanos morrem à
fome e, nem sequer têm água potável para beber. É a brutal desigualdade da repartição
da riqueza. Tão simples quanto isto.
As mães destas crianças
também as adoram e querem o melhor para elas.
A LIBERDADE É APENAS PARA OS MAIS FORTES
Num
mundo cada vez mais desigual como aquele em que vivemos, apenas os mais fortes têm direito à
liberdade. Este é, no fundo, o tema base do texto de qualidade excepcional, da
autoria de José Vitor Malheiros, que encontrámos no Público e que reproduzimos
a seguir.
A
crise económica e social que temos vivido nos últimos anos, à qual se somou uma
crise de segurança internacional, tem uma única virtude: prova-nos que nada está
adquirido para sempre em termos civilizacionais e obriga-nos a revisitar
questões que supúnhamos definitivamente consensuais e a reflectir sobre
problemas que, apesar de os sabermos fundamentais, negligenciámos como
sociedade durante muito tempo, esperando que o tempo os fizesse desaparecer ou
os varresse pelo menos para longe da nossa vista.
Uma
dessas questões é a questão da igualdade, um valor que desde a Revolução
Francesa separa águas entre esquerda e direita e que reapareceu com uma agudeza
acrescida com a consciência das desigualdades crescentes das nossas sociedades,
depois de décadas em que o ideal democrático, o primado da lei e o
desenvolvimento tecnológico pareciam prometer-nos a distribuição justa de uma
riqueza crescente com bem-estar para todos.
Para
a extrema-direita económica que governa o mundo ocidental, que designamos
ironicamente como neoliberal (ironicamente porque é de facto velha e porque
abomina toda a liberdade que não seja a dos privilegiados), a desigualdade é
simultaneamente inevitável e extremamente positiva. "Inevitável",
porque, sendo os homens naturalmente diferentes, qualquer hipotético estado de
igualdade inicial depressa daria origem a desigualdades, pela diferente forma
como cada um reage ao meio e explora as oportunidades que se lhe oferecem.
"Positiva", porque, dizem, essa desigualdade é o verdadeiro motor do
progresso, incitando cada um a melhorar a sua sorte e a fazer o possível por
atingir um nível de bem-estar superior ao do seu vizinho. A direita neoliberal
oscila entre os dois argumentos, refugiando-se no argumento da
"inevitabilidade" quando é confrontada com a injustiça evidente de
certas situações de desigualdade e a sua falta de vontade em as reduzir e
argumentando com a "desigualdade-factor de progresso" sempre que a
audiência é receptiva. Para a direita neoliberal, decorre destes argumentos que
a desigualdade na sociedade é justa, porque corresponde, para os privilegiados,
a uma recompensa pelos seus talentos naturais e do seu esforço e, para os
excluídos, a um castigo pela sua falta de talentos e de esforço.
A
argumentação é tão frouxa que não valeria a pena rebatê-la, se não se desse o
caso de ela colher um considerável apoio popular, graças a uma barragem de
propaganda que não tem limites orçamentais e que conseguiu vender a ideia do
sonho americano "from rags to riches" ao universo de indigentes
acorrentados à televisão que veio substituir o que já se chamou proletariado.
Basta considerar o carácter hereditário da riqueza e da pobreza e a sua
acumulação crescente nos dois extremos do espectro social ao longo dos séculos
para destruir qualquer ideia de "mérito" dos privilegiados ou
"demérito" dos deserdados. Aliás, se algum destes neoliberais levasse
a sério a sua teoria do mérito e a sua defesa do liberalismo económico, deveria
ser um feroz adversário de todas as rendas e das heranças e um opositor da
captura do Estado pelas empresas. Na realidade, dedicam as suas vidas a tentar
reforçar os seus privilégios, obtidos por nascimento, por tráfico de influências
ou ambos.
É
estranho ver alguém defender denodadamente a ideia de liberdade e denegrir em
seguida a ideia de igualdade (ou contestar a sua possibilidade), como se a
segunda não fosse condição da primeira. A realidade é que, num mundo desigual,
a liberdade não existe como valor universal, igualmente acessível a todos,
igualmente devida a todos, igualmente propriedade de todos. Num mundo desigual,
a liberdade é um privilégio de alguns, distribuído de acordo com os princípios
que regem a distribuição desigual - quer se trate de bens materiais ou morais.
Só se defende a liberdade como valor quando se defende a igualdade no seu
acesso. De outra forma, apenas se defende a liberdade de alguns, e sempre em
detrimento de outros. Trata-se não de uma defesa da liberdade mas de uma visão
plutocrática da liberdade, anti-liberal por excelência porque anti-igualitária.
Da mesma forma, apenas se defende a saúde quando se defende a "saúde para
todos" e apenas se defende a educação quando se defende a "educação
para todos".
É
evidente para quem o queira ver que a desigualdade entre um desempregado sem
subsídios e um trabalhador com um emprego estável e uma remuneração decente
definem graus de liberdade para cada uma destas pessoas que se encontram a
anos-luz de distância e o mesmo acontece, noutro grau, quando as diferenças são
menos extremas.
Admitir
as desigualdades não significa admitir apenas a pobreza, a carência extrema e o
sofrimento gratuito lado a lado com a opulência, a fome ao lado do desperdício.
Significa admitir uma modulação da liberdade, de acordo com a riqueza de cada
cidadão. Significa admitir um "mercado" onde a liberdade se compra e
se vende como uma mercadoria e não é um valor universal.
Arvorar em valor a liberdade
mas defendê-la sobre o pano de fundo de uma inevitável desigualdade é, na
realidade, o extremo oposto da liberdade. É a liberdade dos fortes e a
submissão dos fracos. Como dizia no século XIX o dominicano Henri
Lacordaire, "entre o forte e o fraco, entre o rico e o pobre, entre o
senhor e o servo, é a liberdade que oprime e a lei que liberta".
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS...
Para quem tem sensibilidade
humana, um duche gelado é saber que, vastas zonas do planeta cujos recursos
naturais sofreram uma pilhagem durante séculos, não têm actualmente água
potável para as suas populações, nomeadamente as crianças.
É de louvar a
disponibilidade, seja de quem for, para combater o sofrimento alheio. No entanto,
a verdade é que, apenas nos países predadores ou seus satélites é possível
mostrar solidariedade utilizando um recurso quase inexistente noutros locais da
Terra, a água potável…
A REALIDADE QUE É PRECISO DIVULGAR
Uma
mentira mil vezes repetida não se converte em verdade assim como uma realidade
guardada a sete chaves não deixa de ser realidade.
As
mentiras mil vezes repetidas pela propaganda do Governo, quer pelos seus
membros que todos os dias nos entram em casa através dos canais televisivos do
regime, quer pelo enxame de fazedores de opinião afectos à maioria de direita
que enchem toda a comunicação social, têm de ser combatidas pela divulgação da
verdade ainda que os obstáculos para este efeito sejam imensos. É incrível que
esteja a tornar-se tão difícil chamar a atenção dos portugueses para a
realidade que os cerca.
A
realidade, relativamente, por exemplo, ao corte de apoios sociais que o Governo
tem vindo a efectuar resume-se na seguinte expressão retirada de um texto
publicado no Público de hoje e assinado por um assistente social (*): “Não há dinheiro
para proteger as pessoas da pobreza e da exclusão social, mas há dinheiro para
pagar as dívidas da família Espírito Santo.”
Muito
importante é a divulgação de textos como este.
Que
interferência terá a actual crise do Banco Espírito Santo na vida das pessoas
mais pobres que vivem em Portugal? Esta catástrofe financeira, obscura,
escondida, cheia de mentiras e truques, caracterizada por fraudes,
favorecimento de credores, falsificação de contas, gestão danosa, entre outros
expedientes, vai agravar ainda mais as miseráveis condições de vida dos meus
utentes.
As
pessoas que vivem com insuficiência de recursos económicos e com grande
dependência dos serviços sociais do Estado e das instituições particulares de
solidariedade social não costumam ter conta no banco, não têm dinheiro para
encher o frigorífico de alimentos, não têm dinheiro para comprar acções, não
têm emprego. Não são accionistas, não são depositantes, não são clientes, não
são funcionários do BES. São apenas beneficiários de Rendimento Social de
Inserção, recebem 178 euros por mês. Se forem casados e tiverem três filhos, o
valor do cheque pode chegar aos 350 euros. Uma fortuna, uma pipa de massa,
expressão recentemente utilizada por Durão Barroso.
Para
evitar que estas pessoas prejudiquem o Estado e desequilibrem as contas da
nação, para evitar que os contribuintes através dos seus impostos não estejam a
apoiar com esmolas quem não merece, quem não precisa, quem não quer trabalhar,
quem não está em situação de emergência e aflição social, o Governo de Passos
Coelho e Paulo Portas fez uma lei de perseguição ideológica a estes pobres. A
fraude existente na atribuição do rendimento mínimo é um escândalo, uma
vergonha nacional, motivo de indignação por todos os que reclamam justiça e
transparência na gestão de dinheiros públicos, segundo estes governantes
perdem-se muitos euros que fazem falta a quem realmente está a precisar da
ajuda do Estado.
Sobre
isto sempre defendi, como técnico do terreno, que é necessário combater todas
as fraudes e irregularidades, no acompanhamento diário destas famílias sempre
colaborei com os serviços de fiscalização da Segurança Social para evitar
ilegalidades e desincentivar os utentes a adaptarem comportamentos desviantes
de sobrevivência. Mesmo assim, a experiência profissional e alguns estudos
académicos já publicados têm-me ajudado a perceber que, afinal, a fraude na
atribuição do RSI é uma migalha insignificante, invisível, sem expressão no bolo
que o Estado gasta no conjunto das prestações sociais. Também tenho percebido
nesta ligação técnica às famílias que mais importante do que a fiscalização
repressiva, estas pessoas desqualificadas, desmunidas dos principais recursos
económicos, escolares, sociais e culturais, precisam é de oportunidades para
saírem da medida. Precisam que a dívida à troika seja rapidamente renegociada
e de emprego com direitos. Muitas recebem RSI e fazem biscates, porque só assim
conseguem dar de comer aos seus filhos. Mesmo a trabalhar e com salário mínimo
declarado, muitas famílias recebem RSI e não conseguem romper com o seu ciclo
de pobreza.
Para
domesticar e humilhar estas famílias existe legislação, existe tutela,
supervisão, fiscalização, vigilância, repressão. E castigo para quem mente,
para quem engana o Estado, para quem se quer apropriar indevidamente do pouco
dinheiro dos contribuintes que afinal é de todos?
Sendo
assim, tenho agora de perguntar o seguinte: por que razão este Governo é
tão forte com os fracos e tão fraco com os fortes?
Afinal
quem mente, os pobres do RSI ou o governador do Banco de Portugal? Que mentiras
provocam mais estragos ao país, as mentiras dos pobres ou as mentiras dos
poderosos respeitáveis da alta finança? Afinal não existia no BES nenhuma
almofada financeira para tapar os buracos do crédito malparado; afinal a crise
no grupo sempre afectou o funcionamento do banco; foi necessário afastar da
gestão do banco Ricardo Salgado; os testes de stress ao
banco, afinal não provaram solidez financeira nenhuma.
A
maioria dos desempregados em Portugal não tem acesso a qualquer apoio económico
no período de desemprego. As escolas públicas continuam a funcionar com menos
professores e técnicos para dar apoio a crianças com necessidades educativas
especiais, os centros educativos não têm vagas para acolher mais jovens
condenados, um grupo de organizações não governamentais, entre as quais a
Amnistia Internacional e a Caritas Portuguesa, considera que não existe
estratégia nem políticas sociais consistentes para combater a pobreza em
Portugal. Em 2014, segundo dados do Instituto da Segurança Social, 20,8% dos
beneficiários de RSI foram excluídos desta medida de apoio. Mais de 38 mil
idosos perderam no mesmo ano o complemento solidário para idosos. Não há dinheiro
para proteger as pessoas da pobreza e da exclusão social, mas há dinheiro para
pagar as dívidas da família Espírito Santo. Há dinheiro para em 2014 gastar 511
milhões de euros nas rendas das parcerias público-privadas com derrapagem de 84
milhões de euros só nas parcerias rodoviárias.
Há
dinheiro para, sem qualquer tipo de garantia ou segurança, o Estado emprestar
ao Fundo de Resolução 4400 milhões de euros para recapitalizar o BES.
Os
banqueiros continuam a ter na mão o poder político e, quando não têm o dinheiro
dos depositantes nos seus cofres, têm o dinheiro dos contribuintes para os
salvar de todas as irresponsabilidades e manobras gananciosas do capitalismo
financeiro. Os pobres já pagaram a crise do BPN e vão pagar agora a crise do
BES. Enquanto não chega a informação, o esclarecimento, a consciencialização, a
politização organizada e a qualificação deste grupo social, os pobres, para
melhorar a sua situação social, têm rapidamente de se tornar donos de um banco
falido, especializar-se em gerar produtos financeiros tóxicos, obrigar o Estado
a recapitalizar os seus prejuízos, meter medo aos accionistas, surpreender os
mercados e aterrorizar o funcionamento da bolsa de valores.
(*) José
António Pinto
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