quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ENTREVISTA DO BASTONÁRIO DA ORDEM DOS MÉDICOS À VISÃO (9/10)


De uma longa entrevista que o Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, concedeu à Visão, e publicada na edição de 9 de Outubro desta revista, transcrevemos os seguintes pontos que considerámos mais importantes:
A OM já denunciou várias situações [de perda de qualidade do SNS].
As taxas moderadoras são autênticos copagamentos para a camada da população imediatamente acima dos que estão isentos delas.
Um estudo da DECO denuncia que 12% das pessoas já não vão às urgências por falta de dinheiro.
Os países com os quais nos querem comparar, e cujos modelos querem importar, gastam [em saúde,  per capita] o dobro ou mais.
Quem discute a sustentabilidade do SNS são as pessoas que o querem destruir.
O desinvestimento brutal na investigação terá consequências dramáticas no futuro do País, que se poderia afirmar pela qualidade, inovação e patentes.
Se não mudarmos o modelo de governação, nada neste país será sustentável.
Estimamos que até ao final do ano saiam 400 [médicos para a emigração].
O SNS tem cortes para além do preconizado pela troika.
Num país com uma população empobrecida, o grande setor privado floresce e investe de forma impressionante em contraciclo com a situação económica.
A minha crítica é a de que o SNS está a perder qualidade e que isso se enquadra numa estratégia de favorecimento dos grandes prestadores privados.
As comparações de custo de atos entre o público e o privado são enviesadas.
Não há um país baseado num sistema privado de saúde em que os cuidados sejam mais baratos que em Portugal e que ainda seja, ao mesmo tempo, universal, geral e tendencialmente gratuito.
Entrevista completa Aqui

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