Como
já é do conhecimento público, a maioria PS/PSD na Câmara de Portimão, não contente
com a subida do IMI e da Derrama para a taxa máxima, inventou – é o termo certo – agora uma denominada taxa
de protecção civil. Muita gente já recebeu os avisos para pagamento desta taxa,
encontrando-se revoltada com mais este esbulho de que se sente alvo. Com toda a
razão, os cidadãos de Portimão sentem que vão ter de pagar do seu bolso os
desmandos financeiros levados a cabo pela administração “socialista” ao longo
de 35 anos. Mas, o pior de tudo é que, muito provavelmente, nenhum dos principais
responsáveis será alguma vez chamado à pedra pela incúria revelada no
tratamento da coisa pública. O dinheiro do contribuinte não foi minimamente
acautelado.
De
certa forma, o acto de contrição simbólico deste Executivo perante os desmandos
do passado, seria evitar onerar ainda mais os cidadãos do conselho de Portimão
mas a prática que se verifica é exactamente o contrário. Como é que o PS nacional
tem força moral para criticar o Governo pelas medidas de austeridade, quando se
verifica que a nível local leva a cabo as mesmas políticas, com a agravante de
irem sobrecarregar ainda mais uma população já exaurida.
Para
que não fiquem dúvidas, cabe aqui referir que o Bloco de Esquerda é totalmente favorável
à atribuição de verbas de apoio aos Bombeiros e à Protecção Civil. Simplesmente,
essas verbas devem ser provenientes da Administração Central e/ou do Orçamento
Camarário. Se a Câmara de Portimão não tem dinheiro e atravessa graves dificuldades
financeiras, a culpa não é dos munícipes mas sim de uma gestão ruinosa e de
outras políticas que atiraram o nosso concelho para a situação de desastre em
que se encontra.
Está a gerar-se uma grande revolta entre as pessoas mais
atingidas, correndo nesta altura um abaixo-assinado, ao mesmo tempo que também
se encontra marcada uma manifestação de
protesto para amanhã, dia 7 de Outubro, às 15 horas, frente à Câmara.
De salientar que,
em toda esta matéria o Bloco de Esquerda tomou a posição mais correcta, tanto
na Câmara como na Assembleia Municipal – muitas pessoas já sabem disso e estão
do nosso lado. Não só foram criticadas as decisões do Executivo mas, sobretudo,
foram propostas medidas alternativas viáveis que resultariam num alívio claro
dos munícipes.
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