[O relatório da Comissão Independente para a Descentralização mostra a
sua] independência com um alinhamento que é uma derrota para PS e PSD pois
conclui que a verdadeira descentralização só é possível com a regionalização.
(…)
Dos lados de Belém não
sopram bons ventos para a regionalização e isso assusta até alguns dos seus
fervorosos defensores.
(…)
Rui Rio ainda não se
pronunciou, mas veremos se também este apaixonado pela regionalização não irá
colocar um balde de água fria nas expetativas.
Pedro
Filipe Soares, “Público” (sem
link)
A ascensão do CDS pode bem
fazer-se à custa da comédia e das vagas adicionais para pagantes ricos nas
universidades públicas que esta semana Assunção Cristas defendeu.
O campo sindical – não de
agora, mas desde há décadas – perdeu muito da sua combatividade e espírito de
luta coletiva.
(…)
Em tempos de
individualismo e alheamento político dos trabalhadores, prevalecem os
interesses egoístas.
(…)
Os núcleos mais
conscientes e politicamente ativos do operariado sofreram com a prisão e
perseguição sistemática dos aparelhos repressivos do Estado autoritário ao
serviço da elite do poder.
(…)
Andam espectros a
assombrar os trabalhadores alheados da verdadeira cultura sindical... e outros
espectros ameaçam as democracias ocidentais.
Elísio
Estanque, “Público” (sem
link)
Quatro décadas de terror,
repressão, morte, tortura e pobreza marcam a Guiné Equatorial de Teodoro Obiang – hoje, o chefe de Estado há mais tempo no poder, em todo o mundo.
(…)
Em 189 países, a Guiné
Equatorial ocupa o 149.º lugar do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações
Unidas.
(…)
Pouco mudou na Guiné
Equatorial desde há 40 anos, apesar de riquíssima em recursos naturais que
poderiam tirar toda a população da miséria.
(…)
A pena de morte que,
apesar dos compromissos assumidos ao mais alto nível, permanece no regime penal
da Guiné Equatorial, mesmo que em moratória.
(…)
É [decisivo] que os países
que se regem pelo cumprimento dos princípios e regras fundamentais de
sociedades orientadas para o bem comum, para o desenvolvimento e para o
bem-estar dos seus povos, exijam, de uma vez, que [o regime de Obiang] cumpra,
promova e garanta os direitos humanos de todas as pessoas.
(…)
Países como Portugal, que
se querem promotores de uma ordem multilateral assente no normativo de direitos
humanos, não podem aceitar fazer clube [CPLP] com um regime como aquele que
reina em Malabo há 40 anos.
Pedro
A. Neto, “Público” (sem
link)
Em vez de se assumir que a
divulgação de informação é em si mesma positiva e transformadora, é necessário
mais diálogo e debate público e político sobre a transparência e sua relação
com a democracia, os mercados globais e o poder.
Eunice
Castro Seixas, “Público” (sem
link)
O Bloco priorizou este
tema [da habitação] e por isso temos um acordo de governação para a cidade [de
Lisboa] que estabelece um programa de renda acessível totalmente financiado e
gerido pela câmara municipal.
Ricardo
Moreira, “Público” (sem
link)
A categoria do
“proletário”, nas suas representações políticas, pertence ao passado, mas na
verdade deu-se uma proletarização que atinge até as profissões liberais (os
professores são um bom exemplo).
António
Guerreiro, “Público” (sem
link)
Parece-me que as jovens
democracias da América Latina assumem uma peculiaridade neste contexto, por
continuarem a cortejar o seu passado mais obscuro.
(…)
Ditaduras tendem ao
infinito pela força. Democracias só tendem à continuidade pela liberdade. A
mais perfeita das ditaduras não se compara, nem de longe, à mais imperfeita das
democracias.
(…)
É preciso estar atento, democracias
exigem acompanhamento permanente dos, e entre, seus órgãos.
Pedro
Sampaio Minassa, “Público” (sem
link)
O principal determinante
de sucesso dos jovens portugueses é a família onde nascem.
(…)
Cristas parece não ter
pudor em avançar com uma ideia que só serve para ajudar meia dúzia de filhos e
filhas de boas famílias como a sua.
Susana
Peralta, “Público” (sem
link)
O desafio do
desenvolvimento em África nunca consistiu na falta de soluções, nem mesmo de
meios. Em certo sentido, o maior problema consistiu na fraca capacidade
africana de gerir os efeitos das soluções.
(…)
A pobreza não existe
apesar de tudo quanto se faz para a combater; ela existe também por causa do
que se faz para a combater.
Elísio Mocamo, “Público” (sem link)
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