Antes
de mais, é importante que aqui fique o registo de interesses relativamente às
curtas linhas que se vão seguir. Ainda que esteja a aproveitar este espaço para
emitir uma opinião, ela é da única e exclusiva responsabilidade de quem a
assina.
Não
é novidade para ninguém que o PCP não suporta a ascensão rápida que o Bloco de
Esquerda tem tido na sociedade portuguesa e como as suas propostas são bem
aceites por cada vez mais cidadãos.
Nos
últimos tempos tem sido notória a azia que os bloquistas provocam nas cúpulas
comunistas. O PCP já não consegue esconder o asco que tem pelo BE e pela
coerência das suas posições. De qualquer maneira, o Bloco não deve responder a
provocações porque quem as irá julgar é o povo português, mais tarde ou mais
cedo. Além disso, alimentar uma disputa inútil entre BE e PCP só favorece a
direita e vai contra os interesses da maioria dos portugueses.
Muito
provavelmente, as bases comunistas não estarão de acordo com tomadas de posição
das cúpulas, tão abertamente hostis ao Bloco. O momento que atravessamos é de
unir forças e não criar divisões artificiais que nada trazem de bom para os
portugueses, em especial, os mais desfavorecidos. A quem interessa levantar uma
polémica a partir da decisão soberana de um partido que decidiu com toda a legitimidade não acompanhar o Presidente da República na sua visita a Cuba?
É
bom ter sempre presente que foi o afastamento existente entre as esquerdas,
durante décadas, que permitiu à direita alcandorar-se no poder, ao ponto de
considerar essa posição como um direito quase divino.
Luís Moleiro Santos
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