Se a lei quiser combater esta prática, tem de
considerar uma saída em resultado de assédio como um despedimento ilícito, com
todas as consequências que daí resultam.
(…)
Se queremos que o combate ao assédio seja mais do
que uma declaração de intenções, é preciso imputar à empresa custos numa das
dimensões mais preciosas do seu valor: a imagem pública.
(…)
Se os trabalhadores vítimas de assédio não são
filhos de um deus menor, precisamos de mudanças concretas.
Os
donos disto tudo nunca precisaram de reuniões com deputados, governantes ou
comissários europeus para imporem o resgate dos seus desmandos à frente dos
bancos através do dinheiro dos contribuintes. Não precisaram porque eram eles
próprios a governar.
(…)
Assumamos
que a opacidade aparente das influências de quem manda é, na verdade, de uma transparência
surpreendente.
José
Manuel Pureza, Diário as beiras
É
obviamente, uma manobra muito pouco cristalina, esta que leva ao colo
Kristalina Georgieva para a liderança da ONU.
O governo não está em risco pelos
desentendimentos interiores da coligação (…), está em risco porque existe uma
enorme coacção sobre a sua política e um dia a corda quebra.
(…)
Um dos frutos destes últimos anos foi dar a
provar a muitos interesses económicos e a muitos sectores políticos de direita
mais radical, um poder que nunca tinham tido desde o 25 de Abril, e eles
naturalmente gostaram e não querem mudar.
(…)
O sistema político-partidário [em Portugal]
mudou, tornando qualquer “bloco central” uma anomalia, e favorecendo uma
fractura esquerda-direita, que varreu o centro.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
Marcelo está a dar a corda a Costa, na
expectativa de ver se ele se enforca nela. E com ele o país.
São José Almeida, Público (sem link)
O horror com que um grande número de
socialistas espanhóis encara hoje ter que negociar com a frente Unidos Podemos,
e a sua completa intransigência na recusa de uma qualquer forma de consulta
sobre o futuro dos catalães, diz muito do estado da social-democracia europeia.
(…)
Depois de 60 anos a defender a salvação do
capitalismo através da redistribuição da riqueza, há quase 40 que, considerada
a sua gestão económica, [a social-democracia europeia] acha irremediável a
reconcentração oligárquica da riqueza e do poder à escala planetária.
Manuel Loff, Público (sem link)
Uma vez que a UE continua a recusar reduzir de
forma significativa a dívida [da Irlanda] cujo peso será suportado pelas
gerações mais jovens, os irlandeses estão convencidos, e com razão, de que a UE
violou a sua soberania para beneficiar os bancos estrangeiros.
Sempre que a Alemanha procurou ser influente na
esfera internacional, os resultados alteraram entre o falhanço e a tragédia.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
A desigualdade não se mede apenas no rendimento mas
na capacidade de cada um se fazer ouvir. E se os pobres são invisíveis, os
problemas dos mais ricos ocupam toda a agenda política e mediática.
Daniel Oliveira,
Expresso (sem link)
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