Mas estes últimos dias foram de facto exemplares.
De quê? Do modo como é possível fazerem-se títulos bombásticos que afinal são
desmentidos pelas próprias notícias.
O jovem advogado e agora líder [parlamentar do
PSD] esqueceu-se de que o ultimato estava a bater a porta errada, e não se
dirigia ao governo, antes à Procuradora-Geral da República, e que portanto não
era questão política, mas judiciária.
(…)
Entradas de leão, saídas de sendeiro, ou
segura-me se não eu bato-lhe, tudo isto é uma maçadora repetição de um discurso
político que começou em tragédia com o anúncio dos falsos suicidados de
Pedrógão e termina com esta farsa de aproveitamento político dos mortos
verdadeiros.
Francisco Louçã, Público (sem link)
Portugal necessita de uma efectiva
e eficaz política de conservação e, acima de tudo, de uma verdadeira Autoridade
Nacional de Conservação Biológica.
Maria Amélia Martins-Loução,
Público (sem link)
[Em França] a moralização
pretendida e anunciada por Macron já vai caindo ao cortar no subsídio das
rendas dos mais vulneráveis e ao cortar nos impostos sobre as fortunas. Segue
as peugadas de Hollande.
(…)
A sociedade pode funcionar sem Justiça,
mas funcionará seguramente muito mal e a favor dos mais fortes.
(…)
A Justiça é um precioso bem que assegura
a paz social. E não é apenas um conjunto de notícias sobre eventuais
criminosos.
Domingos Lopes, Público (sem link)
Quando a líder do CDS foi ministra
da Agricultura quatro anos não reza a história que algo tenha feito para
contrariar o disparate geral das políticas florestais.
São José Almeida, Público (sem link)
A morte prematura de Hugo Chávez
em 2013 e a queda do preço do petróleo em 2014 causou um abalo profundo nos
processos de transformação social então em curso.
(…)
Estou chocado com a parcialidade
da comunicação social europeia, incluindo a portuguesa, sobre a crise da
Venezuela, um enviesamento que recorre a todos os meios para demonizar um
governo legitimamente eleito, atiçar o incêndio social e político e legitimar
uma intervenção estrangeira de consequências incalculáveis.
(…)
Os desacertos de um governo
democrático resolvem-se por via democrática, e ela será tanto mais consistente
quanto menos interferência externa sofrer.
(…)
Qualquer país, por mais
democrático, que tenha este recurso estratégico [petróleo] e não o torne
acessível às multinacionais petrolíferas, na maioria, norte-americanas, põe-se
na mira de uma intervenção imperial.
Boaventura Sousa Santos, Director
do Centro de Estudos Sociais, Público (sem link)
Não sei o que mais me repugna,
se Trump, se os gnomos republicanos, ou esta corte de empregados presidenciais
escolhidos a dedo, e o Ministério da Propaganda e Espelho Narcísico que é a Fox
News, por aquilo que os portugueses chamam “lata”.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
Com a discussão política em
torno da contabilidade de mortos em Pedrógão Grande, assistimos a um Processo
de Trumpização em Curso.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)
Mesmo sabendo-se que fazer
politica sobre sepulturas é perigoso, os bons resultados económicos e o vazio
de discurso do PSD tornaram a instrumentalização das mortes de Pedrógão
demasiado tentadora para a oposição à direita.
Daniel Oliveira, Expresso (sem link)
Os resultados da execução
orçamental no primeiro semestre do ano não são tranquilizadores e acendem
alguns sinais de alerta.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem link)
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