A
entrevista de Alfredo Barroso (AB) publicada hoje no Jornal i teve lugar na
altura em que saiu o último livro da autoria do ex-militante “socialista” e
actual apoiante do Bloco de Esquerda, Corações
de Pedra.
Há
nesta “conversa” uma série de afirmações interessantes que decidimos aqui
deixar, como forma de retratar o pensamento político do momento presente de AB.
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O neoliberalismo significa, entre muitas outras coisas, o desequilíbrio da
balança entre o capital e o trabalho.
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Admito que, a médio prazo, as chamadas forças de esquerda possam acolher o
apoio da maioria da população.
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Nós sabemos que há muito conformismo nas sociedades contemporâneas e há muitas
maneiras de distrair o povo, desde o pão e circo de antanho.
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O PS tem receio de avançar num aspeto essencial que é (…) a exigência de uma
reestruturação total da dívida, porque é impossível qualquer plano de desenvolvimento
em Portugal dado o que pagamos só de juros no serviço da dívida.
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Acho que os malefícios do capitalismo foram de certo modo contidos, na sua
selvajaria intrínseca, depois da guerra, com a difusão do Estado social.
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A ameaça soviética foi ótima porque obrigou as democracias europeias a
interessarem-se pelos mais pobres e a fazerem políticas redistributivas.
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Acredito que seja possível domar o capitalismo e construir sociedades que, a
pouco e pouco, se aproximem mais de um ideal de socialismo democrático e menos
de um capitalismo completamente selvagem.
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[Os partidos de direita] ganham [eleições na EU] porque alimentam o medo e o
receio de instabilidade intrínseco.
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Não sei de que maneira isto [entendimento à esquerda] não pode vir a
influenciar uma parte mais jovem do partido [socialista].
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