Face à propaganda que campeia na comunicação social, a maior parte das vezes sem contraditório, os cidadãos mais conscientes devem, usando os meios ao seu alcance, repetir até à exaustão que a “ajuda” externa de que tanto se fala não existe e, quando nos referimos a ela devemos colocá-la sempre entre aspas.
Não se ajuda uma pessoa, uma instituição ou um país para ficarem piores. O filme a que estamos a assistir já passou na Grécia e na Irlanda com resultados catastróficos para esses países, em termos económicos e sociais, como está sobejamente demonstrado. A realidade é esta e tem de ser colocada perante os cidadãos eleitores para que a mentira, à força da repetição não se transforme em verdade. Por isso, as eleições de 5 de Junho vão constituir como que um referendo sobre a aceitação das políticas de austeridade que aí vêm, supostamente, como saída para a crise.
O seguinte texto de José Manuel Pureza diz, em poucas palavras, aquilo que todos nos devemos consciencializar.
Referendo
“Não, não é ajuda. Nenhuma ajuda é dada para prejudicar. E esta prejudica. A Grécia e a Irlanda foram pressionadas até aceitarem ser ajudadas e agora é o que se vê: produto em queda, juros sempre em alta, tanto como o desemprego e incapacidade de pagar durante muitos e maus anos.
Connosco vai ser o mesmo mas mais forte. O dinheiro passará por cá mas só em passeio rumo aos bancos alemães que por ele anseiam. Enquanto ele lá não chegar os mercados não acalmam. E depois de chegar ainda menos, porque há o bodo das privatizações a distribuir e os investidores ficarão nervosos até receberem os seus lotes. Entretanto, Ricardo Salgado já fez saber que o que sobrar fica nos bancos de cá. Quem paga manda e ele saboreia cada gota desse mandamento antigo.
Por tudo isto, as eleições de Junho serão um referendo. A pergunta que os boletins de voto trazem implícita é a seguinte: “está de acordo com as políticas de austeridade como saída para a crise do país”? Como em qualquer referendo, há um “sim” e há um “não”. E cada “sim” e cada “não” têm matizes, motivações diferentes. Mas convergentes. A nossa escolha de Junho põe-nos um desafio: seremos conformistas como nos querem ou corajosos como devemos? Aceitamos ser laboratório da experimentação na próxima vítima ou seguimos o exemplo cívico da Islândia? Mudamos o futuro ou seguimos para o cadafalso que lá nos colocaram?”
Não se ajuda uma pessoa, uma instituição ou um país para ficarem piores. O filme a que estamos a assistir já passou na Grécia e na Irlanda com resultados catastróficos para esses países, em termos económicos e sociais, como está sobejamente demonstrado. A realidade é esta e tem de ser colocada perante os cidadãos eleitores para que a mentira, à força da repetição não se transforme em verdade. Por isso, as eleições de 5 de Junho vão constituir como que um referendo sobre a aceitação das políticas de austeridade que aí vêm, supostamente, como saída para a crise.
O seguinte texto de José Manuel Pureza diz, em poucas palavras, aquilo que todos nos devemos consciencializar.
Referendo
“Não, não é ajuda. Nenhuma ajuda é dada para prejudicar. E esta prejudica. A Grécia e a Irlanda foram pressionadas até aceitarem ser ajudadas e agora é o que se vê: produto em queda, juros sempre em alta, tanto como o desemprego e incapacidade de pagar durante muitos e maus anos.
Connosco vai ser o mesmo mas mais forte. O dinheiro passará por cá mas só em passeio rumo aos bancos alemães que por ele anseiam. Enquanto ele lá não chegar os mercados não acalmam. E depois de chegar ainda menos, porque há o bodo das privatizações a distribuir e os investidores ficarão nervosos até receberem os seus lotes. Entretanto, Ricardo Salgado já fez saber que o que sobrar fica nos bancos de cá. Quem paga manda e ele saboreia cada gota desse mandamento antigo.
Por tudo isto, as eleições de Junho serão um referendo. A pergunta que os boletins de voto trazem implícita é a seguinte: “está de acordo com as políticas de austeridade como saída para a crise do país”? Como em qualquer referendo, há um “sim” e há um “não”. E cada “sim” e cada “não” têm matizes, motivações diferentes. Mas convergentes. A nossa escolha de Junho põe-nos um desafio: seremos conformistas como nos querem ou corajosos como devemos? Aceitamos ser laboratório da experimentação na próxima vítima ou seguimos o exemplo cívico da Islândia? Mudamos o futuro ou seguimos para o cadafalso que lá nos colocaram?”
Sem comentários:
Enviar um comentário