Pode acontecer que em 5 de Junho o nosso futuro se perspective ainda mais negro do que o presente. Tal acontecerá se e só se o povo português o permitir.
Caso tenham uma maioria confortável, os chamados partidos do arco governativo, que nos conduziram à situação actual, esfregarão as mãos de contentes por serem os mandatários das medidas preconizadas pelo FMI. É que, supostamente, sem arcarem com o ónus irão aplicar decisões que fazem parte do seu próprio ideário político. Por assim dizer, têm sempre a desculpa da “inevitabilidade” de terem de aplicar decisões que não são suas. Não é à toa que os porta-vozes do neoliberalismo português, consubstanciado no PS e em toda a direita, vêm, há muito, a defender a intervenção do FMI. Os “senhores da pasta preta” ofereceram-lhes numa bandeja o pretexto para a aplicação de medidas que não tinham coragem política de infligir aos portugueses.
Desta vez, só a esquerda a valer detém uma alternativa que, a ser levada à prática, impediria as dramáticas consequências sociais que aí vêm e como já está a acontecer na Irlanda e na Grécia. A receita da recessão aplicada a estes países só veio agravar ainda mais a sua situação, sem resolver nenhum dos problemas que se propunha solucionar.
Perante a situação que se nos coloca, há duas alternativas: aceitar passivamente as condições que nos forem impostas ou não acreditar na sua inevitabilidade e lutar por uma alternativa possível de levar à prática. Sobre esta ideia vale a pena ler o seguinte texto de Marisa Matias que começa assim:
“Mergulhámos numa crise, providenciaram-se uns anestésicos, de sua marca PEC, e dormiu-se. No último ano a receita foi aplicada por quatro vezes. À terceira seria de vez, mas foi a quarta que permitiu perceber que o anestésico não seria talvez o melhor remédio e que a receita era, afinal, parte da doença.
O problema foi a consequência dessa constatação, e acabámos por acordar num cenário de chantagem social: “não havia mesmo alternativa, tínhamos de pedir ‘ajuda’ externa e ficar dependentes das medidas que uns senhores ainda nos hão-de dizer quais são.”
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Caso tenham uma maioria confortável, os chamados partidos do arco governativo, que nos conduziram à situação actual, esfregarão as mãos de contentes por serem os mandatários das medidas preconizadas pelo FMI. É que, supostamente, sem arcarem com o ónus irão aplicar decisões que fazem parte do seu próprio ideário político. Por assim dizer, têm sempre a desculpa da “inevitabilidade” de terem de aplicar decisões que não são suas. Não é à toa que os porta-vozes do neoliberalismo português, consubstanciado no PS e em toda a direita, vêm, há muito, a defender a intervenção do FMI. Os “senhores da pasta preta” ofereceram-lhes numa bandeja o pretexto para a aplicação de medidas que não tinham coragem política de infligir aos portugueses.
Desta vez, só a esquerda a valer detém uma alternativa que, a ser levada à prática, impediria as dramáticas consequências sociais que aí vêm e como já está a acontecer na Irlanda e na Grécia. A receita da recessão aplicada a estes países só veio agravar ainda mais a sua situação, sem resolver nenhum dos problemas que se propunha solucionar.
Perante a situação que se nos coloca, há duas alternativas: aceitar passivamente as condições que nos forem impostas ou não acreditar na sua inevitabilidade e lutar por uma alternativa possível de levar à prática. Sobre esta ideia vale a pena ler o seguinte texto de Marisa Matias que começa assim:
“Mergulhámos numa crise, providenciaram-se uns anestésicos, de sua marca PEC, e dormiu-se. No último ano a receita foi aplicada por quatro vezes. À terceira seria de vez, mas foi a quarta que permitiu perceber que o anestésico não seria talvez o melhor remédio e que a receita era, afinal, parte da doença.
O problema foi a consequência dessa constatação, e acabámos por acordar num cenário de chantagem social: “não havia mesmo alternativa, tínhamos de pedir ‘ajuda’ externa e ficar dependentes das medidas que uns senhores ainda nos hão-de dizer quais são.”
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