sábado, 15 de fevereiro de 2014

CITAÇÕES


O capitalismo global vive hoje dessa tensão entre a apologia da maximização da circulação dos capitais e a contenção da circulação global de trabalhadores.
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[Na Suíça] É um facto que há sectores inteiros - como a construção, a indústria farmacêutica, os cuidados básicos de saúde ou a produção de máquinas para exportação - que dependem do trabalho de imigrantes.
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O que conduz as políticas migratórias é antes, cada vez mais, o medo estúpido que se alimenta de perceções distorcidas da realidade.
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O referendo suíço é um desafio à União Europeia e ao seu discurso sobre a liberdade de circulação como pilar da construção europeia.

Os nossos governantes, desde logo o primeiro-ministro, apresentam-se como mercenários políticos do poder financeiro e económico nacional e internacional.
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Esta semana prosseguiu a campanha do êxito da ida aos mercados, quando os juros que nos impuseram, acima dos 5%, são impeditivos do desenvolvimento do país.
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O Governo repete, até à exaustão, o discurso da autonomia para a Escola, mas executa as políticas mais centralizadoras de sempre para estrangular a escola pública, desvalorizar e humilhar os professores.
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As alterações à legislação laboral relativas ao "despedimento por extinção do posto de trabalho", medida combinada com a troika, só têm um objetivo: os patrões poderem despedir como quiserem.

Ao defender que o vencimento do trabalhador seja um critério para despedir, e logo um dos principais, o que o Governo faz é passar um atestado de dispensa a todos os trabalhadores e trabalhadoras na casa dos 50 anos.

Em julho desse ano [2012], Mario Draghi declarou que o BCE faria "tudo o que fosse preciso", intervindo através da compra "ilimitada" de obrigações públicas no mercado secundário.

Este fascismo contemporâneo nasce principalmente, não da imposição de uma ideologia, de uma crença ou de uma finalidade, mas, justamente ao invés, da omissão de quaisquer valores de natureza ética e, contra toda a reflexão, de uma espécie de triunfo brutal da ignorância.

Quando a segunda figura do Estado acha que a celebração da liberdade deve ser custeada por uma parceria público-privada, está tudo dito sobre a qualidade atual da nossa democracia. Vende-se. Barato.
Joana Amaral Dias, CM (sem link)

O Estado português financia os bancos para que estes possam ganhar dinheiro com o próprio Estado.
Paulo Morais, CM (sem link)

Parafraseando Fernando Pessoa, em Angola Deus quer, Isabel sonha e a compra faz-se. E convém não esquecer que Deus é da família de Isabel dos Santos.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem link)

A Irlanda não teve um cautelar – um seguro que reduz a incerteza nas idas ao mercado – porque as exigências colocadas pela Comissão e pelo BCE eram inaceitáveis e porque a Europa revelou toda a sua incapacidade política.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem link)

Vende-se austeridade. Custo: uma geração.
Vende-se ilusão de que ultrapassámos a crise. Custo: 130% de dívida pública.
Pedro Santos Guerreiro, Expresso (sem link)

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