quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O ACENTUAR DAS DESIGUALDADES


Depois de, durante alguns anos após 1974, se ter assistido a um esbatimento da concentração da riqueza em Portugal, paulatinamente, nas últimas décadas, têm-se vindo a acentuar as desigualdades na repartição dos rendimentos, com especial ênfase desde o início da austeridade criminosa que nos atingiu desde que fomos invadidos por vampiros estrangeiros convidados por vampiros portugueses que se tornaram seus lacaios. A propaganda dos partidos que têm passado pelo poder (leia-se PS, PSD e CDS) vai escondendo, quanto pode, a realidade mas, de tempos a tempos surgem dados, ainda que dispersos, que confirmam estes factos de forma irrefutável. Atente-se nos seguintes:
1.Nos últimos dois anos 750 mil famílias caíram para os escalões mais baixos do IRS, o que corresponde a 66%.
2.Alguns dados disponíveis demonstram que em Portugal, entre 1985 e 2009 se acentuaram as desigualdades salariais. Assim, em 1985, um salário a meio da tabela de remunerações valeria à volta de 25% dos salários mais elevados mas em 2009 essa correspondência passou para cerca de 15%.
3.Em 2010, entre os países da União Europeia Portugal apresentava o nível de concentração do rendimento familiar mais elevado entre os 20% e os 5% mais ricos da população. Assim, os 20% mais ricos detinham à volta de 42% do total do rendimento familiar do país enquanto os 5% mais ricos cerca de 17%.

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