Depois de, durante alguns anos após 1974,
se ter assistido a um esbatimento da concentração da riqueza em Portugal, paulatinamente,
nas últimas décadas, têm-se vindo a acentuar as desigualdades na repartição dos
rendimentos, com especial ênfase desde o início da austeridade criminosa que
nos atingiu desde que fomos invadidos por vampiros estrangeiros convidados por
vampiros portugueses que se tornaram seus lacaios. A propaganda dos partidos
que têm passado pelo poder (leia-se PS, PSD e CDS) vai escondendo, quanto pode,
a realidade mas, de tempos a tempos surgem dados, ainda que dispersos, que
confirmam estes factos de forma irrefutável. Atente-se nos seguintes:
1.Nos últimos dois anos 750 mil famílias
caíram para os escalões mais baixos do IRS, o que corresponde a 66%.
2.Alguns dados disponíveis demonstram que
em Portugal, entre 1985 e 2009 se acentuaram as desigualdades salariais. Assim,
em 1985, um salário a meio da tabela de remunerações valeria à volta de 25% dos
salários mais elevados mas em 2009 essa correspondência passou para cerca de
15%.
3.Em 2010, entre os países
da União Europeia Portugal apresentava o nível de concentração do rendimento
familiar mais elevado entre os 20% e os 5% mais ricos da população. Assim, os
20% mais ricos detinham à volta de 42% do total do rendimento familiar do país
enquanto os 5% mais ricos cerca de 17%.
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