As
primeiras suspeitas de que os casos de microcefalia (*) verificados no Brasil poderão
estar associados a um lervicida produzido pela Sumitomo Chemical, uma associada
da Monsanto, começaram a chegar nos últimos dias da segunda semana de Fevereiro.
Ainda
que não haja, por enquanto, base científica para afirmar com segurança a ligação
da microcefalia ao químico Pyriprexyfen, a verdade é que também não está
provado cientificamente que seja o vírus zica o causador da terrível malformação
nos recém-nascidos. Aliás, se forem comparadas duas regiões da América do Sul –
uma no Brasil e outra na Colômbia – em que se verifica o mais elevado número de
infectados pelo zica, confirma-se que na Colômbia não há qualquer caso de bebé
com microcefalia associado àquele vírus, enquanto no Brasil o elevado número de
casos daquela malformação foram diagnosticados em “recém-nascidos de grávidas
que moram em locais onde o Pyriprexyfen foi usado”.
Tendo
em atenção que o número de suspeitas de alta toxicidade do lervicida fabricado
por uma empresa japonesa associada da multinacional Monsanto irá certamente
crescer, vamos assistir a um aumento proporcional das manobras de desinformação,
no sentido de se confundir a opinião pública. É para isto que todos devemos estar
preparados.
Aliás,
não será por acaso que apenas no interior da notícia, que podemos ler no Expresso online, é referido o nome da empresa fabricante do químico, sem nunca
se mencionar tratar-se de uma associada da multinacional Monsanto.
A
guerra da informação-contrainformação vai certamente desenvolver-se nos
próximos tempos enquanto muitos seres humanos e suas famílias, a maioria gente
pobre, aguarda o seu desfecho em grande sofrimento.
(*)A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança é significativamente menor do que a de outras da mesma idade e sexo e
pode ter causas genéticas ou ambientais. Esta malformação não tem cura e
provoca problemas de desenvolvimento.
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