Com o título
acima, João Vasconcelos, deputado do Bloco de Esquerda pelo Algarve assina um
artigo de opinião na última edição do “Jornal do Algarve”.
São
diversos os problemas que o Algarve atravessa nos dias de hoje, alguns à
semelhança do que acontece um pouco por todo o país. Nos últimos anos uma
violenta crise financeira internacional – provocada pela banca corrupta, pelos
agiotas especuladores e por uma economia de casino financeirizada – deixou as
suas marcas trágicas um pouco por todo o mundo e em que Portugal não foi
exceção.
O
nosso país – incluindo o Algarve – acabou por ser ainda mais penalizado devido
à ditadura da troika estrangeira, cujo Memorando foi assinado por PS, PSD e
CDS/PP, o qual foi executado por excesso de zelo pelo governo de Passos e
Portas. As consequências foram avassaladoras para as populações, os
trabalhadores, as classes médias, para os mais indefesos – desemprego,
precariedade, pobreza e exclusão social crescentes, agravamento das suas condições
de vida, degradação e destruição de serviços públicos, a desertificação e as
assimetrias no interior aumentaram.
No
fundo, têm sido as elites as grandes responsáveis pela situação em que nos
encontramos. Referiu o Presidente da República nas comemorações do 10 de junho
que “as elites têm falhado” enquanto “o povo assume o palpel determinante” e
aqui até lhe dou razão. Elites que recebem “prebendas vantajosas, títulos
pomposos e altas contemplações deslumbradas” – o que é uma pura realidade.
O
Algarve atesta bem o falhanço das elites políticas e económicas que nos têm
governado e que continuam a governar. E a principal característica destas
elites é a sua total e incondicional subserviência aos interesses financeiros e
económicos, nacionais e de cariz internacional. Depois quem sofre são os
cidadãos, as suas populações. Em vez de desenvolvimento verifica-se retrocesso,
em vez da vida se tornar mais fácil, torna-se mais penosa e com mais
sacrifícios.
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