No editorial de Domingo, o director do Jornal de Angola, José Ribeiro, afirma "há quem esteja interessado em envolver o nosso país [Angola] na disputa eleitoral em Lisboa, fazendo declarações a roçar o insulto".
"Registamos que em Portugal há políticos que não conseguem dormir descansados enquanto existirem empresas e empresários angolanos a fazerem o seu trabalho", lê-se no texto de José Ribeiro.
A terminar o seu editorial, José Ribeiro escreve: "Os que tentam arrastar Angola para a campanha eleitoral em Portugal mereciam uma resposta à letra, quanto mais não seja pela falta de pudor. Mas até ao contar dos votos, vamos ficar em silêncio. Até porque temos esperanças de que os eleitores portugueses lhes dêem, por nós, a resposta merecida".
"Soube esta noite que a força desta campanha é tão grande que ela chega a qualquer lugar do país", afirmou Louçã, num encontro com mais de 500 pessoas no Funchal. E reagiu ao editorial daquele jornal com uma resposta dirigida ao presidente angolano: "Eu quero responder a José Eduardo dos Santos - aliás Américo Amorim anunciou que me vai pôr um processo judicial - eu quero responder-lhes a todos, nós vamos sem medo, com coragem, não haverá nenhum negócio escandaloso que não suscite a voz do Bloco em nome do nosso povo e da nossa responsabilidade, em nome da democracia e da economia".
E continuou: "O que é que há-de levar o jornal mais importante de Angola, país tão rico e tão pobre, com tanta corrupção, com tanta desgraça, com tanta gente generosa e com tanta falta de democracia, o que é que há-de levar o presidente de Angola a mandar o jornal do seu partido e do seu governo insultar o Bloco?"
"Eu sei o que ele tem a temer, José Eduardo dos Santos tem medo, é verdade, José Eduardo dos Santos ocupa a presidência sem ter sido eleito há 17 anos, mas o que mais o incomoda é que o Bloco se opôs a privatização das gasolinas em Portugal porque José Sócrates quis dar a Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal, associado a José Eduardo dos Santos, um terço de uma empresa que é nossa, que é de todos os portugueses, vendeu-lha por tuta-e-meia", concluiu Louçã.
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