sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ex-ministro da Saúde elogia programa do Bloco





Em entrevista à TSF, Paulo Mendo criticou os programas do PS e do PSD na área da Saúde, assinalando a continuidade das políticas de "descaracterização do SNS" iniciada por Luís Filipe Pereira e prosseguida por Correia de Campos. Para o médico portuense, o programa do Bloco é o único que apresenta "uma certa minúcia e uma lógica interna".

 

"O único programa que tem uma certa minúcia e apresenta uma lógica interna,  independentemente de ter coisas que eu discordo, é o programa do Bloco de Esquerda. Os outros, quer o do PS quero do PSD são muito curtos e insuficientes", afirmou Paulo Mendo à TSF.

Paulo Mendo foi ministro da Saúde de Cavaco Silva e recentemente subscreveu um apelo em defesa do Serviço Nacional de Saúde. Na entrevista, aponta omissões aos programas de PS e PSD e é particularmente crítico do que o seu partido defende nesta área. "É muito mau e muito curto", acrescentou ao jornal Público o fundador do primeiro serviço de neurorradiologia em Portugal, no hospital de Santo António no Porto, de que foi também director.

As palavras de António Borges sobre o sector do saúde na entrevista ao jornal "i" são arrasadas por Paulo Mendo, para quem o vice-presidente de Manuela Ferreira Leite "só diz baboseiras". "Não é possível que um grande economista não saiba que Portugal gasta muito menos na saúde, em termos absolutos, do que outros países [menos cerca de 40% per capita] e é dos que tem melhores índices sanitários", afirmou Paulo Mendo ao jornal Público. "Chocou-me a proposta do meu partido"

Para este médico social-democrata, o SNS representa "um enorme sucesso do Portugal democrático" e lamenta que a questão central, a de "dizer como vão financiar a saúde" tenha sido "metida debaixo do tapete" por PS e PSD. "Toda a política do dr. Correia de Campos foi de descaracterização do SNS e de entrega da saúde a privados", sustenta Paulo Mendo, que considera "estranho" que tenha sido um ministro do PS a continuar com a política iniciada pelo ministro da Saúde de Durão e Santana Lopes.

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