Sócrates decisivo
Um 2º mandato de Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia foi aprovado pelo Parlamento Europeu. A votação saldou-se em 53,2% de votos a favor, 30,5% contra e 16,3% de abstenções.
No seu discurso, Barroso agradeceu o apoio decisivo de Sócrates. Sem ele a vitória nunca teria sido possível. Acredita-se que sim, depois de observarmos a percentagem de votos favoráveis, um valor alguns pontos inferior ao do 1º mandato. Ao contrário do que o Governo português nos queria fazer crer, afirmando haver no P.E. um largo consenso relativamente à reeleição de Durão Barroso.
Sócrates quis esconder-nos as más companhias que escolheu na Europa. Ana Gomes votou contra – o PS no seu melhor. Eis a declaração de Martin Schulz, presidente do grupo socialista S&D, onde se integram os deputados do PS:
“Porque é que o apoio ao Sr. é tão polémico no Parlamento e tão unânime no Conselho? Porque esteve sempre ao serviço dos governos, é por isso que há tanto cepticismo relativamente a si. E porque tem uma maioria que inclui opositores ao Tratado de Lisboa.
Não é aceitável que na sua Comissão não se sossegue enquanto não for privatizado até ao último cemitério municipal na Europa...
Porque não apoia que, num determinado local, a trabalho igual terá de corresponder sempre um salário igual, contra aquilo que impuseram os acórdãos dos casos Viking, Laval e outros?
O apoio do meu grupo não o vai ter.”
É caso para perguntar ao Primeiro Ministro que comentário faz a estas declarações tão contundentes, de um camarada seu.
Diz o povo: “com quem te vi com quem te comparei”. As companhias do PS no Parlamento Europeu são os defensores mais acirrados do neolberalismo. Para um partido dito de esquerda é um vergonhoso cartão de visita…
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