Neste Domingo, realizou-se um almoço-comício no Pavilhão Atlântico, que constituiu a iniciativa mais participada do Bloco de Esquerda, juntando 2.500 pessoas.
Na sua intervenção, Francisco Louçã dirigiu-se ao eleitorado socialista "que deu as maiorias absolutas" afirmando que o seu partido é o único que "enfrenta" o PS e combate políticas como "o Código do Trabalho ou a perseguição aos professores". O coordenador do Bloco falou em "tempo de decisão". Ver fotogaleria.
Discursando no final de um almoço/comício na sala Tejo do Pavilhão Atlântico, o coordenador bloquista apelou ao voto dos socialistas e referiu que “a campanha de ódio dirigida pela direita em relação ao Bloco” demonstra que o seu partido é a “esquerda grande”.
Louçã começou por lançar críticas a Santana Lopes por “sair à liça” em defesa de Sócrates e disse que o Bloco tem “uma aliança e uma coligação com quem trabalha”, "com as vítimas da crise".
“A quem votou no PS há quatro anos e meio, dizemos que acabar a maioria absoluta é o princípio do fim da aventura irresponsável”, declarou Francisco Louçã, para em seguida se dirigir “sobretudo àqueles que na hesitação, na dúvida, não sabendo o que vai acontecer, até acham que ainda se pode fazer alguma coisa votando no PS”.
“Sabem que no dia a seguir a terem votado no PS vão acordar com uma ressaca monumental e se vão perguntar como é que é possível que possa continuar a política contra a educação, contra o emprego e o partido dos negócios”, acentuou.
Em jeito de apelo, o dirigente do BE rematou: “A esses é que temos de falar e a esses dizemos, é tempo de decisão”.
No almoço-comício intervieram ainda Ana Drago e Luís Fazenda.
Ana Drago considerou que "é chocante ouvir Sócrates dizer que a recessão técnica acabou e mostrar-se satisfeito com a sua governação" e questionou o significado deste discurso. Para a deputada bloquista a escolha do PS de Sócrates é a subordinação ao mercado: "a estratégia das privatizações aceleradas, das parcerias público-privadas, das concessões ruinosas no âmbito das obras públicas, a escolha é dar ao mercado tudo o que ele exige". Ana Drago salientou ainda que esta política gera o medo: do desemprego, dos "despedimentos abusivos", "das famílias que sabem que os seus filhos não podem continuar nas universidades", dos reformados perante as suas magras pensões... "A política do medo tem sido a escolha da elite que nos tem governado", disse Anda Drago, acrescentando que à política do medo o Bloco responde com democracia.
Luís Fazenda falou das "mistificações de Sócrates" na modernização dos direitos civis. O deputado bloquista salientou que "foi preciso o Bloco de Esquerda apresentar uma nova lei do divórcio, para que o PS viesse atrás", "foi necessário que o Bloco tivesse desencadeado um conjunto de iniciativas à volta do casamento entre pessoas do mesmo sexo, para o PS primeiro ter votado contra e agora vir prometer o que votou contra", sobre a "morte digna, uma nova etapa de luta pelos direitos civis em Portugal, já só está no testamento vital"e concluiu: sobre a modernidade dos direitos civis, não acreditem em conversões de última hora, confiem no Bloco de Esquerda, que tem sido o catalisador das lutas pelos direitos civis.
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