segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ENTREVISTA DE LOUÇÃ À REVISTA “PLENITUDE”



EXCERTOS DE UMA LONGA ENTRVISTA QUE FRANCISCO LOUÇÃ CONCEDEU À REVISTA PLENITUDE QUE FOI DISTRIBUÍDA COM O JORNAL PÚBLICO DE 6/09/2009.

Se olharmos para os últimos 18 anos de Governo PS e PSD sob o ponto de vista de atraso, da perda da modernidade, da desigualdade e do abuso social, o balanço é catastrófico.

“Estamos num momento de crise que é revelador das dificuldades de um país com dois milhões de pobres, onde há 400 mil jovens a trabalho temporário, em que há mais de um milhão de trabalhadores temporários”

“Para o futuro é preciso juntar forças, a partir das quais, em nome de valores essenciais da luta pela justiça social, estejamos dispostos a criar uma política que acentue essas prioridades e uma economia com responsabilidade.”

O BE “é uma força política de organização operária, social e de intervenção com grande representação entre a juventude, uma esquerda socialista que rejeita o modelo da China e entende o socialismo como uma força de mobilização democrática, pluralista, com uma grande capacidade de transformação social, em profundidade no combate à exploração.”

“O problema é que o PS rompeu todos os compromissos que tinha com uma política de esquerda socialmente consistente.”

“… no que respeita aos serviços públicos essenciais da democracia, o PS falhou sempre.”

O nosso objectivo é afirmar um programa alternativo de política económica que seja consistente, realizável, praticável e que responda às dificuldades de todos os eleitores.”

“Portugal tem sido governado por uma elite que conduziu o país a um pântano social e económico.”

“O que nos separa essencialmente do programa do PS é a resposta à crise económica que será decisiva nestas eleições já que tem a ver com as condições de vida das pessoas, com a segurança social, com os salários, com o emprego, com a precariedade, com a segurança social e com a pobreza.”

“É assim que as campanhas têm de ser: junto das pessoas, ouvindo o que elas querem, sentem e sabem.”

Joana Amaral Dias “foi convidada para protagonizar as eleições, tanto legislativas como autárquicas. Preferiu não o fazer, mas tem o seu lugar no partido tal como qualquer outro militante do Bloco.”

“O Governo mentiu ao país na política económica. A reforma da Segurança Social tornou-se numa grande mentira. O favorecimento do trabalho temporário noutra mentira.”

“As maiorias absolutas degradaram a política portuguesa. Um dos grandes sintomas da crise social que estamos a viver foi a impunidade que a maioria absoluta criou.”

“Como é possível entregarem-se os três grandes hospitais que vão ser construídos em Portugal, com dinheiro públicos, ao Grupo Melo (Braga e Vila Franca de Xira) e ao Banco Espírito Santo (Loures) quando se sabe que a gestão privada foi totalmente incompetente no caso do Amadora-Sintra?”

 

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