Na edição de 23 de Setembro de 2009 do Diário de Coimbra, um médico de família faz uma análise resumida da posição dos principais partidos políticos sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Começa por se referir ao SNS nos seguintes termos:
“Ao se analisar os 35 anos de democracia, o SNS sobressai como realização ímpar, visto que é, de longe, entre todos os sectores dos grandes serviços públicos o que melhor se tem “portado”, o que oferece melhores resultados e o que revela provas empíricas e quantificadas da sua obra.
O acesso ao SNS melhorou, aumentando todos os indicadores de actividade dos serviços de saúde (…), como a mortalidade infantil (3,7 por mil nados vivos), esperança de vida à nascença, tanto nas mulheres (81,4 anos) como nos homens (74,9 anos) ou a saúde materna (4,3 de mortalidade perinatal) que colocam Portugal entre os primeiros dez países do mundo e os níveis de cobertura vacinal dos mais elevados do mundo.
Efectivamente o SNS tem sido o garante da igualdade no acesso à saúde, independentemente dos rendimentos dos portugueses, sejam ricos ou pobres e quer vivam em Coimbra, Bragança ou Lousã.
Três décadas depois da criação do SNS, da esquerda à direita parece existir a ideia unânime de que se trata de um sistema “vitorioso”, um “modelo válido” e uma verdadeira “marca” do regime democrático, afirmou António Barreto, na sessão comemorativa dos 30 anos do SNS, realizada a 8 de Julho de 2009.”
Quando se refere às posições dos cinco principais partidos, separa a direita da esquerda. Enquanto a esquerda (PS, PCP e BE) sempre se pronunciou no sentido de uma saúde gerida e detida pelo Estado, melhorando a sua qualidade, a direita defende a alienação do SNS aos privados.
Para concluir:
“Para mim, é claro, dia 27 de Setembro temos de criar condições políticas para preservar o Serviço Nacional de Saúde como um imperativo, social, político e nacional.”
Um pequeno acrescento deve ser feito a esta conclusão: o PS não é uma garantia de defesa do SNS. Se da direita só podemos esperar a ideia de que “quem quer saúde paga”, relativamente ao PS, não há uma definição em que se possa confiar.
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