quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE



Na edição de 23 de Setembro de 2009 do Diário de Coimbra, um médico de família faz uma análise resumida da posição dos principais partidos políticos sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Começa por se referir ao SNS nos seguintes termos:

“Ao se analisar os 35 anos de democracia, o SNS sobressai como realização ímpar, visto que é, de longe, entre todos os sectores dos grandes serviços públicos o que melhor se tem “portado”, o que oferece melhores resultados e o que revela provas empíricas e quantificadas da sua obra.

O acesso ao SNS melhorou, aumentando todos os indicadores de actividade dos serviços de saúde (…), como a mortalidade infantil (3,7 por mil nados vivos), esperança de vida à nascença, tanto nas mulheres (81,4 anos) como nos homens (74,9 anos) ou a saúde materna (4,3 de mortalidade perinatal) que colocam Portugal entre os primeiros dez países do mundo e os níveis de cobertura vacinal dos mais elevados do mundo.

Efectivamente o SNS tem sido o garante da igualdade no acesso à saúde, independentemente dos rendimentos dos portugueses, sejam ricos ou pobres e quer vivam em Coimbra, Bragança ou Lousã.

Três décadas depois da criação do SNS, da esquerda à direita parece existir a ideia unânime de que se trata de um sistema “vitorioso”, um “modelo válido” e uma verdadeira “marca” do regime democrático, afirmou António Barreto, na sessão comemorativa dos 30 anos do SNS, realizada a 8 de Julho de 2009.”

Quando se refere às posições dos cinco principais partidos, separa a direita da esquerda. Enquanto a esquerda (PS, PCP e BE) sempre se pronunciou no sentido de uma saúde gerida e detida pelo Estado, melhorando a sua qualidade, a direita defende a alienação do SNS aos privados.

Para concluir:

“Para mim, é claro, dia 27 de Setembro temos de criar condições políticas para preservar o Serviço Nacional de Saúde como um imperativo, social, político e nacional.”

Um pequeno acrescento deve ser feito a esta conclusão: o PS não é uma garantia de defesa do SNS. Se da direita só podemos esperar a ideia de que “quem quer saúde paga”, relativamente ao PS, não há uma definição em que se possa confiar. 

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