sábado, 19 de setembro de 2009

ESTEJAMOS ATENTOS

OPINIÃO (I)


ESTEJAMOS ATENTOS
Frequentemente, aparece alguém a afirmar que “as sondagens valem o que valem”. É um alerta muito avisado como pudemos verificar nas últimas eleições para o Parlamento Europeu em que alguns dos resultados finais ficaram muito longe dos valores apresentados pelas sondagens.
Na semana que precedeu o início da campanha eleitoral vieram a público sondagens para todos os gostos. Uma delas dá ao Bloco 16% de intenções de voto. Os potenciais votantes no BE devem fazer uma leitura redobradamente cuidada destes números mais elevados, tendo em atenção que pode haver aqui uma manipulação no sentido da desmotivação já que as expectativas são muito elevadas. É que, a mesma imprensa do regime que publica aqueles valores é a que mais encarniçada se mostra em relação à postura do Bloco. Eles não são burros e o objectivo é o mesmo: fazer uma campanha suja contra este partido, para não perderem as suas posições dominantes. Pretendem amedrontar os eleitores para as desgraças que aí vêm se a - por eles denominada – extrema-esquerda obtiver bons resultados. No fundo, o fito destes sujeitos é que nada se altere. Para eles, a democracia é, apenas, um meio de que se servem para atingir os almejados fins.
Quando os eleitores começam a ficar fartos da actuação do partido único com duas cabeças – PS e PSD – que tem dominado a nossa cena política nas últimas décadas, aqui del-rei! que vem aí a ingovernabilidade e a instabilidade política que não permite tomar as decisões necessárias para o país ultrapassar a crise. Como se não tivessem, ainda, tido ensejo para mostrarem o que valem, especialmente no tempo das “vacas gordas” em que se desperdiçaram oportunidades sem conta, quer por motivo de incompetência quer por fraudes sobejamente denunciadas.
O BE é uma força jovem mas já com provas dadas que o credibilizam perante o povo português. É muito importante que assim continue porque, para os nossos adversários políticos, só vencemos quando é por KO. Uma vitória aos pontos, não conta para eles porque encontram, de imediato, algum pormenor menos conseguido, como se pôde verificar no frente-a-frente entre Louçã e Sócrates. Os potenciais eleitores do Bloco devem ter este facto presente a fim de que nenhum voto se perca e consigamos contribuir para que os governos passem a defender os interesses de todos e, não apenas das suas clientelas.
Luís Moleiro (professor aposentado, aderente do BE)

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