Depois de um dia em que Francisco Louçã esteve na Marinha Grande na parte da manhã, regressou a Lisboa para o seu último frente-a-frente televisivo com Paulo Portas e encerrou a noite com um comício em Leiria, o BE segue para o Ribatejo, zona do país onde voltará várias vezes durante o período oficial de campanha e onde o BE tem a sua única autarquia, Salvaterra de Magos.
Nesta visita ao distrito de Santarém, Francisco Louçã passará a manhã em campanha pelas ruas do Entroncamento e num passeio de barco em Tancos, que poderá servir para Louçã destacar os problemas de poluição no rio Tejo.
Na noite de sexta-feira, o coordenador do BE referiu as três sondagens publicadas, que dão «10, 11 e 16 por cento ao partido» e o colocam como terceira força política, para enfatizar que o seu partido «é o único» que desafia o PS e o PSD e apontou novamente 'baterias' aos «negócios» do Governo socialista e à política de 'verdade" do partido de Manuela Ferreira Leite.
Louçã fez questão de se dirigir «muito em especial» aos leirienses que nas últimas legislativas votaram PS e PSD para mostrar que nenhum dos dois partidos são «alternativa» para o país.
«A doutora Ferreira Leite não faz outra coisa senão insistir que na Madeira temos um exemplo, é um Governo, dizia ela, inamovível. Vejam como é a língua portuguesa tão traiçoeira. Inamovível, que nunca pode ser movido, nunca pode ser mudado, que conceito de democracia é este?», criticou o líder bloquista, que acusou Alberto João Jardim de «promover a censura» e «perseguir jornais e professores».
A propósito desta visita à Madeira, o líder do BE atacou a 'verdade' proclamada pela líder do PSD: «Verdade? Verdade na Madeira? Contas verdadeiras na Madeira? Orçamento verdadeiro na Madeira? Democracia verdadeira na Madeira? Nada disso!», exclamou.
As adjudicações de auto-estradas feitas pelo Governo foram também um tema abordado por Louçã, que, respondendo directamente ao ministro Mário Lino, afirmou que, em seis dos casos, o preço estabelecido em concurso para a realização de cada obra «é muito mais pequeno do que o que acabou por se assinar na adjudicação», o que totaliza «um desvio de 689,362 milhões de euros».
«Para eles é um deslize, uma escorregadela», declarou o líder do BE, referindo que este valor dava para construir dois hospitais e que estes desvios nas adjudicações «são ilegais» e «um abuso».
«Temos o direito de aceitar que num país com tão pouco se perca tanto de uma forma tão irresponsável?», questionou.
Apelando aos habitantes da cidade do Liz para a «mudança» e a «transformação», Francisco Louçã defendeu que é o BE que actualmente representa o 'socialismo' - «É para isso que vos convido, para o socialismo, para a esquerda forte, para a justiça na economia, digam isto pelo país inteiro, justiça na economia», disse.
Hoje, no último dia antes do início oficial da campanha eleitoral para as eleições legislativas de dia 27, os bloquistas terminam com um jantar/comício em Évora.
Lusa / SOL
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