domingo, 1 de maio de 2011

NESTE 1 DE MAIO DIREITOS EM PERIGO



O 1º de Maio deve estar cada vez mais presente na mente de quem tem como fonte de rendimento e de subsistência o factor trabalho. Os ataques aos trabalhadores são cada vez mais intensos e elevaram o seu grau com a entrada em Portugal da troika liderada pelo FMI. Chegam, frequentemente, ao nosso conhecimento abusos de entidades empregadoras que já sentem as costas quentes pela pressão que está a ser exercida sobre os direitos dos trabalhadores por entidades estrangeiras. O exemplo de hoje tem a ver com a atitude de algumas grandes superfícies que obrigaram os seus funcionários a trabalhar no dia 1 de Maio. Liquidar esta data e o que ela representa é um propósito antigo que faz parte de uma vaga de retrocesso civilizacional que avança a reboque e como pretensa solução para a crise gerada pelo sistema financeiro.
Socorrendo-nos de um artigo de opinião do vereador da autarquia de Coimbra, Francisco Queirós, publicado esta semana no Diário As Beiras, vale a pena recordar um pequeno resumo da história do 1º de Maio:

(...)“O 1º de Maio tem uma história. Chicago, nos Estados Unidos, em 1886 era um importante centro operário. A 1 de Maio deflagrou uma greve pela limitação da jornada de trabalho a 8 horas. Os dias seguintes foram dias de grande repressão, a polícia assassinou cerca de 100 manifestantes e prendeu dezenas de operários. O Estado de Sítio foi decretado. Os líderes operários foram sumariamente julgados. Provas e testemunhas foram forjadas. A 9 de Outubro cinco dirigentes operários foram condenados à morte na forca. Alguns a prisão perpétua, outros a penas pesadíssimas. Foi em memória da luta destes homens e na comemoração da sua histórica luta pelo direito a um horário de trabalho de 8 horas que o 1º Congresso da II Internacional aprovou o apelo à celebração universal desta data. O 1º de Maio é assim desde há mais de um século muito mais do que um enorme avanço para os trabalhadores, a conquista de um horário de trabalho justo, significa a vitória do progresso face à exploração, o triunfo dos direitos dos que trabalham e da força que brota da sua luta. Pois é isto que alguns não suportam.” (...)

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