Há uma linha que actualmente separa a direita da esquerda. A direita é composta por aqueles que aceitam as medidas da troika, de forma mais radical ou mais fofinha. E é muito bom que estas posições estejam bem definidas para que a mensagem chegue mais clara ao povo português. Se o PS voltasse ao poder, no essencial, teria uma actuação não substancialmente diferente da que se verifica com a actual coligação de direita. E até poderia aparecer um Relvas ou um Borges rosas…
Para a verdadeira esquerda, trata-se de uma excelente notícia saber que PCP e Bloco de Esquerda "vão unir esforços na luta contra as medidas de austeridade, podendo mesmo acordar acções conjuntas de protesto. É a primeira vez que isto acontece, em Portugal, sobre assuntos de política nacional".
Numa altura em que já não restam quaisquer dúvidas de que nenhuma réstia de esquerda há a esperar do PS, fica este importante sinal para a sociedade portuguesa de uma aproximação de todas as forças que se opõem à austeridade recessiva imposta pela troika e que nos está a levar para o abismo económico e social. A união faz a força – toda a massa progressista e os trabalhadores portugueses agradecem.
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