Kenneth Rogoff é actualmente professor do Departamento de Economia da Universidade de Harvard nos Estados Unidos. Este senhor iniciou a sua carreira como economista na Divisão de Finanças Internacional da Reserva Federal (banco central norte-americano), tendo desempenhado várias funções no FMI. Como se percebe pela amostra do seu currículo, não se trata propriamente de um “radical” mas, se fosse uma personalidade desconhecida em Portugal, seria de imediato apelidado de “extremista” como demonstram algumas das afirmações numa recente entrevista que deu ao Expresso, publicada em 16 de Março.
Eis algumas linhas de força dessa entrevista:
- Da crise das dívidas da zona euro, o resultado mais provável “poderá ser um período de 15 anos de crescimento muito, muito baixo”.
- Os “periféricos” poderão ter uma longa estagnação se não houver uma assunção de perdas pelos credores.
- “É inevitável ter de encarar o problema de reestruturações profundas das dívidas, muito além do que tem sido discutido em público.”
- “São prováveis mais reestruturações das dívidas.”
- “O que está errado é julgar-se que, com essa política [de austeridade], o crescimento vai aparecer em breve. Isso não é correcto – isso não vai acontecer.”
- “Reestruturações e conversões de dívidas, tolerância por inflação mais elevada, repressão financeira, ou uma combinação dessas opções, foram parte integrante da resolução das crises de dívida noa países desenvolvidos no passado.
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