Os casos do BPN, do BPP e agora do BES mostram
exatamente o quê sobre o capitalismo na era do primado da finança: que ele
descamba quando a regulação não funciona ou que não há mesmo regulação que o
impeça de descambar?
(…)
Não é risco de mercado que uma filial pratique uma
política de crédito cujo resultado são 5,7 mil milhões de euros emprestados sem
saber para que fins nem a quem.
(…)
O Banco Espírito Santo é um dos grandes
responsáveis pelo gigantismo da dívida externa do País que motivou a
intervenção da troika.
(…)
O que é que aprendemos com o BPN?
O governo sabe para onde quer ir, escolheu um
caminho de saída que passa pela destruição do Estado social, da escola pública.
No
estranho e nada ético capitalismo financeiro em que vivemos, a Banca é um
negócio privado no que diz respeito a lucros e um problema público no que se
refere a perdas.
(…)
Será
que a fatura do desvario privado nos vai cair em cima uma vez mais?
(…)
O
que deve ser exigido já, são medidas firmes de controlo público do sistema
financeiro,
(…)
Só
com novas relações de forças se podem realizar intervenções eficazes sobre o
sistema financeiro ou em outras áreas.
Uma parte importante da direcção
política e do aparelho do partido [PSD] pertence à Maçonaria, e de forma muito
significativa às novas obediências maçónicas surgidas nas últimas décadas.
Pacheco Pereira, Público (sem link)
Os
agentes da crise tendem a colocar, tantas vezes com a cumplicidade dos próprios
jornais, os temas de cultura na prateleira das irrelevâncias despesistas.
Somo
hoje um país mais dividido porque os pontos de consenso em áreas nucleares das
políticas públicas são bem menos do que no passado.
Pedro
Adão e Silva, Expresso (sem link)
Quem
acreditou que o problema era Sócrates e agora acredita que o problema é Passos
está condenado a saltar de salvador da Pátria para salvador da Pátria e de
desilusão em desilusão.
Daniel
Oliveira, Expresso (sem link)
Reduzir
os direitos dos trabalhadores tem sido outro objetivo claro deste ajustamento, ao
mesmo tempo que se cortam salário, se aumenta a carga horária e se tenta
liquidar a contratação coletiva.
Nicolau
Santos, Expresso Economia (sem link)
É
possível fazer face à crise sem deitar a perder o Estado social de direito. A recuperação
económica deve colocar as pessoas no seu centro.
Catarina de Albuquerque, Relatora
Especial de Direitos Humanos das Nações
Unidas e professora de Direitos Humanos no Washington College of Law, EUA,
Expresso Atual (sem link)
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