domingo, 20 de julho de 2014

ENTREVISTA DE JOÃO SEMEDO AO “EXPRESSO”



Na semana em que Ana Drago e a tendência que chefiava, a Manifesto (fundada por Miguel Portas), abandonaram o Bloco de Esquerda, o Expresso foi ouvir um dos lideres bloquistas, precisamente João Semedo. Da conversa publicada na edição deste sábado (19/7) daquele semanário, destacamos os seguintes pontos e afirmações:
“Não desvalorizo a dimensão política” da saída de Ana Drago.
“Não está escrito nas estrelas que a esquerda vai continuar a ser minoritária. O pior é resignarmo-nos ao PS que temos”.
No Bloco convivem as posições mais diversas desde “o absoluto sectarismo anti-PS ao seu oposto, aos que estão dispostos a perdoar e dar o benefício da dúvida de que desta vez é que é, o PS vai ser um partido de esquerda”.
“Só se condiciona o PS crescendo à sua esquerda e não fazendo um acordo com ele”.
“Reduzir um Governo de esquerda à salvaguarda do Estado social é desistir do que é essencial em política, que é a política económica e financeira”.
“Quando se diz que o PS é defensor do Estado social, tem de perguntar-se também como o vai defender, se aceita o tratado orçamental e se se predispõe a pagar os juros da dívida”.
“Exige-se o que já se sabe que o PS está disposto a dar. Coisa nenhuma, do meu ponto de vista”.
“Não vejo como esta implosão para a divisão pode ajudar a uma esquerda forte”.
“Alguém acredita que um partido que acabou de ser constituído, uma tendência que acabou de se dissolver e uma associação como a Manifesto, com a dimensão que tem, pode criar à esquerda alguma coisa que possa dispensar o Bloco e o PCP?”
A encerrar a conversa, João Semedo revelou que a moção, que já começou a ser elaborada para apresentar na próxima Convenção bloquista, quer ser abrangente a todas as tendências e propõe a paridade absoluta na direcção, 40 homens e 40 mulheres.

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