quinta-feira, 3 de julho de 2014

ENTREVISTA DE MARISA MATIAS



Foi hoje publicada no Diário As beiras uma longa entrevista com Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda, eleita em 25 de Maio para um segundo mandato.
Deixamos a seguir aquelas que consideramos as ideias fortes expressas na entrevista.
- Há muitos factores que contribuíram para o resultado negativo do Bloco. Uns, seguramente por culpa própria, outros de natureza externa.
- As pessoas que tomaram conhecimento ou que foram acompanhando o trabalho feito no parlamento Europeu independentemente de tudo o resto, mantiveram o seu voto.
- Se continuarmos com esta política de austeridade, em última instância será ela própria a colocar-nos fora do euro.
- É certo que a Europa é mais do que a União Europeia, mas esta ascensão de partidos de extrema-direita dita, seguramente o fim do projeto europeu.
- Valores como a coesão, a solidariedade, os direitos e a protecção dos direitos e liberdades ficam postos em causa pela ascensão destas forças [extrema-direita].
- As políticas de austeridade não beneficiam nenhum país nem ninguém.
- Jean-Claude Junker representa a continuidade dessa linha [de políticas de austeridade]
- Os mercados tomaram conta da política.
- De facto há uma dominação progressiva do governo ale mão em todo o projeto europeu.
- [Na Ucrânia] parece que se quer recuperar a guerra fria, com tudo o que isso pode significar para a Europa e para o mundo.
- Há sectores inteiros na sociedade portuguesa que dependem desses fundos [estruturais], como o ensino superior, a ciência, ou a cultura.
- Defendo que os novos fundos [estruturais] devem ser canalizados para as questões de mobilidade, de transportes ferroviários que aponta num domínio da economia essencial para nós.
- Com a crise não foi só o aumento da pobreza e das desigualdades sociais, foi ao avanço do conservadorismo na Europa. E em relação àquilo que são os direitos das mulheres, isso faz-se sentir em muitos países de forma dramática.
- [Este] é o primeiro Governo inconstitucional da história da democracia em Portugal.
- O primeiro-ministro nunca usou [no Conselho Europeu] o recurso ao veto para travar as más decisões para o país.
- Há muitos deputados e deputadas  que nunca estão disponíveis para assumir a responsabilidade de fazer legislação pelo que isso implica e pelas negociações que são necessárias.

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