Na linha das habituais interferências nos assuntos internos de outros
países, em muitos casos de forma violenta, como é do conhecimento de toda a
gente, documentos secretos divulgados ontem (4/1) pelo jornal independente
norte-americano The News-Gazette revelaram que os Estados Unidos tiveram participação
ativa no processo de consulta pública sobre a independência da Escócia. Houve
mesmo cidadãos norte-americanos pró-separatismo que chegaram a ser vigiados
pelos EUA.
Como sabemos, no referendo realizado em Setembro de 2014, 55% dos
votantes decidiram que a Escócia continuaria ligada ao Reino Unido.
De acordo com o material revelado este domingo, a descoberta foi obtida
após uma batalha legal de três anos com funcionários do Departamento de Estado
norte-americano. Dessa forma, os documentos vizados revelam que os EUA estavam
envolvidos no debate sobre a Escócia desde 2007, ano em que o SNP
(Partido Nacionalista Escocês) chegou ao poder.
Os dados revelam ainda que funcionários do governo escocês contrários à
independência pediram que Washington interferisse no projeto independentista. Essa
interferência chegou ao ponto de o governo norte-americano pressionar países
europeus a dificultarem ao máximo o ingresso da Escócia na UE, em caso de
independência.
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