Com
o título Investigar a Troika, transcrevemos
a seguir um pequeno texto de opinião do investigador Rui Curado Ribeiro que
encontrámos no “Diário as beiras” de ontem, onde se chama a atenção para a
necessidade de uma investigação de como foram levadas à prática vendas de
bancos falidos que beneficiaram “instituições e indivíduos ligados direta ou
indiretamente a elementos da Troika”.
Recentemente,
o canal ARTE difundiu a reportagem “Pouissante et incontrôlée: la Troika”,
realizada pelo alemão Herald Schuman[legendada em português]. Comentada pelo
Nobel da Economia Paul Krugman, esta reportagem analisa os fracassos e as consequências
das políticas de austeridade implementadas pela Troika, em particular as que
estão a condenar pessoas à morte no sistema de saúde grego (doentes oncológicos
entre outros).
A
reportagem demonstra a ausência de escrutínio das políticas da Troika, a sua
ilegitimidade democrática, mas sobretudo revela as suspeitas ordens de venda
urgente de bancos falidos em Portugal, na Grécia, e em Chipre. Entre os
principais beneficiários destas transações, que se revelaram altamente
favoráveis para os compradores, estão instituições e indivíduos ligados diteta
ou indiretamente a elementos da Troika. Foram eles quem mais ganhou com esse
grande negócio que foi a Troika.
Existe
matéria suficiente na reportagem para a Procuradoria-Geral da República investigar
a Troika, em particular os responsáveis pela venda do BPN ao BIC.
Sem comentários:
Enviar um comentário