domingo, 30 de dezembro de 2018

A SITUAÇÃO DOS PRECÁRIOS



No que diz respeito ao trabalho, e, sob o título “10 políticas e tendências que estão a mudar o trabalho”, o Expresso Economia deste sábado refere várias situações uma das quais já aqui deixámos ontem e que diz respeito à “economia das plataformas”, uma modalidade de prestação de serviços profissionais que, em geral, se caracteriza pela inexistência de vínculos contratuais que colocam os trabalhadores numa dramática situação de vulnerabilidade social, sem direitos a protecção nos casos de doença ou velhice.
O exemplo que aqui deixamos hoje (a seguir) tem a ver com os precários cuja regularização o próprio Estado ainda não resolveu por completo. No que diz respeito aos privados, a verdade é que “a maioria das novas contratações são feitas com recurso a contratos não duradouros”.

Temos mais emprego, mas os contratos permanentes são menos do que há oito anos, quando a troika chegou a Portugal. Os dados dos Quadros de Pessoal, publicados pela Segurança Social (SS), na passada semana, mostram que o peso dos contratos sem termo no total do emprego por conta de outrem diminuiu de 75% para 65%. O trabalho temporário tem aumentado (quase 14%), tanto para os profissionais indiferenciados como para os mais qualificados. E os contratos mais precários, a termo certo ou incerto, aumentaram 52% entre 2010 e o final de 2017, últimos dados disponibilizados pela SS. Nessa altura Portugal somava 950 mil trabalhadores precários. E no que toca ao combate à precariedade, embora esta tenha sido outra das grandes bandeiras do Executivo, continua por resolver a questão dos precários do Estado. De um total de 31.957 trabalhadores precários do Estado que solicitaram a regularização da sua situação no âmbito do Programa de Regularização dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), Mário Centeno admitiu na Comissão de Trabalho e Segurança Social que até à data foram regularizados 12.675 contratos. O objetivo do Governo era concluir todo o processo este ano, mas vai arrastar-se para 2019.

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