domingo, 22 de abril de 2018

ENTREVISTA A MARIANA MORTÁGUA, HOJE PUBLICADA NO DN



De uma longa entrevista a Mariana Mortágua que podemos ler no Diário de Notícias de hoje, retirámos as seguintes afirmações que consideramos mais importantes:
Se num governo todos forem "Centeno", então a gestão financeira desse governo é errada.
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É um erro achar que é possível gerir um governo unicamente a partir do Ministério das Finanças e unicamente subjugado a ultrapassar metas do défice acordadas com Bruxelas.
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Adiar investimentos que têm de ser feitos hoje é causar ineficiências nos serviços públicos
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Não podemos confundir boa gestão com menos gastos.
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Quando nos dizem que não é possível fazer despesas porque não há folga e depois há folga, porque é que as despesas não são feitas?
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Porque é que não se fazem os investimentos e se opta por internalizar a folga indo para além de metas que serviam há quatro meses, mas hoje já não servem.
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Uma coisa é o direito à progressão na carreira, que nem sequer é igual para todos, e outra coisa é o direito à atualização salarial depois de 12% de corte ao longo de dez anos.
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Privilegiar e pôr as contas públicas à frente da economia é um erro; as contas públicas são resultado de melhor emprego, melhor salário, melhor crescimento económico
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Não fosse pelos juros da dívida, o Estado já dava lucro.
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Penso que, neste momento, a prioridade são as pessoas que estão há três anos à espera para ter uma consulta ou uma operação.
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A única razão pela qual [a reestruturação da dívida pública] não é feita é por um dogmatismo ideológico.
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O país sofreu um processo de reestruturação brutal, mas a sua dívida não foi reestruturada e, portanto, ficou com o pior dos dois mundos.
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[A dívida] não se vai tornar mais sustentável se nós estivermos sistematicamente a asfixiar a qualidade da democracia, a asfixiar a economia e a asfixiar a qualidade dos serviços públicos.
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A preocupação em parecer bem para Bruxelas tem tido consequências em Portugal, nomeadamente nesta vertigem para ir sistematicamente além das metas que estavam acordadas com Bruxelas.
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Vários ministérios setoriais estão a perder autonomia centralizando decisões no Ministério das Finanças.
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Todos os partidos, incluindo o Partido Socialista, serão chamados a pronunciar-se sobre esta alteração de estratégia orçamental.
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[O país] precisa de um plano de investimento que eleja as suas prioridades independentemente do quadro comunitário.
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O PS tem de fazer as suas escolhas políticas.
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Acho que temos de olhar para o país e perceber o que é que o país precisa e quais são as prioridades.
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O que determina maiorias políticas são ideias políticas, ideias para o país.
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O Bloco de Esquerda não luta por pastas nem por poderes dentro de ministérios nem por ministros, luta por ideias políticas.
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Quem vota no Bloco de Esquerda saberá que o que determina as nossas decisões é sempre e será sempre o nosso programa político.
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