Um sujeito insuportável
Diz o povo que quem não se dá ao respeito não merece ser respeitado.
Sabemos também que, muitos políticos, por vezes, jogam com as palavras e que necessitamos de decifrar as entrelinhas do seu discurso para entendermos o que pretendem dizer. É assim um pouco por todo o mundo, uma situação que só se resolve com a cultura e alguma perspicácia.
Uma coisa bem diferente é sentirmos que um político, no nosso caso o dirigente máximo de um Governo, nos anda a mentir com todo o descaramento e de forma continuada. Já não há pachorra para encarar este sujeito mais a sua verborreia de vendedor de feira. Aliás, corre o risco de um dia falar verdade e, ninguém acreditar nele. Até os construtores de opinião passaram a usar os qualificativos adequados, sem rodeios.
Um exemplo a esmo é o texto de Vasco Pulido Valente inserido na edição de 21/2/2010 do “Público”, cuja parte final aqui fica:
“Foi o ilimitado ego que Deus lhe deu que o provocou a uma guerra com os média, inteiramente nociva e desnecessária. E que, no fundo, explica o desprezo e a fúria com que trata o mais leve obstáculo à sua vontade. Na gabarolice simplória de provinciano como no desrespeito pela oposição, no insulto imperdoável e gratuito como na fantasia de que é uma pura vítima da mentira e da calúnia, há invariavelmente um ponto comum: a ideia de que Sócrates não é comparável à multidão de metecos da política indígena. Que um belo dia os metecos se fartassem dele não lhe passou pela cabeça; e muito menos que pedissem um socialista qualquer mais suportável para o lugar dele.”
Luís Moleiro
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
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