sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Funcionários públicos desfilam pelas ruas de Lisboa em direcção ao Ministério das Finanças

Vários milhares de funcionários públicos desfilam pelas ruas da baixa lisboeta para irem ao ministério das Finanças pedirem aumentos salariais este ano.

Depois de terem estado concentrados na praça dos Restauradores, onde ao longo de cerca de duas horas foram chegando dezenas de autocarros vindos de todo o país, os trabalhadores deslocam-se em desfile gritando os motivos do protesto.

"Emprego sim, precariedade não", "a carreira é um direito sem ela nada feito", "negociação sim, imposição não", são algumas das palavras de ordem que se ouvem interpretadas pelo som agudo de apitos e buzinas.

O desfile decorre de forma ordeira e em tom festivo, encabeçado por um grupo de bombos e gaitas e colorido pelas bandeiras dos vários sindicatos que integram a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP).

Os automóveis não circulam ao longo do percurso e os transeuntes e lojistas enchem os passeios para ver passar o desfile.

Nem os organizadores nem a policia quiseram ainda adiantar números, mas só o Sindicato dos Trabalhadores e da Administração Local (STAL) trouxe mais de cem autocarros com funcionários das autarquias de todo o país.

A Frente Comum convocou a manifestação nacional no início de janeiro, muito antes de o Governo divulgar a sua intenção de congelar os salários.

Nessa altura a estrutura sindical, que reivindica aumentos salariais de 4,5 por cento e um aumento mínimo de 50 euros por trabalhador, considerou haver motivos para protestar contra a precariedade, por aumentos salariais dignos e pela suspensão do Sistema Integrado de Avaliação de Desempenho da Função Pública (SIADAP).

O congelamento salarial e a antecipação da convergência da penalização pela antecipação da reforma com o regime geral, previsto no OE, tornaram-se motivos acrescidos para a manifestação.

A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila considerou que o anúncio do congelamento salarial e do agravamento das penalizações para as aposentações antecipadas veio mobilizar ainda mais os trabalhadores para o protesto de hoje.

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