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• A FENPROF condena a utilização do desqualificado “SIMPLEX” avaliativo proposto por Maria de Lurdes Rodrigues, para efeitos de avaliação de docentes contratados, dos que tenham tido avaliações de regular ou insuficiente ou daqueles que concluem o tempo de serviço para progressão durante o ano de 2010. Esta decisão do ME foi tomada à margem de qualquer negociação com a FENPROF, não podendo, por isso, ser invocada qualquer responsabilidade a esta organização sindical nem pelos resultados nem pelos pressupostos que levaram a esta decisão do Governo.• A FENPROF entende que não pode deixar de ser considerada a responsabilidade que sobre esta matéria deve ser atribuída à Assembleia da República, designadamente por parte dos grupos parlamentares do PS e do PSD que impediram que o modelo de avaliação do desempenho fosse suspenso. Esta suspensão, como se confirma agora, teria garantido as condições para uma efectiva substituição do modelo em vigor por outro mais correcto, mais justo e exequível. Não deixa de ser estranho, neste contexto, que o ME não tenha assumido a produção de orientações sobre esta matéria, delegando nas Direcções Regionais de Educação essa responsabilidade. Para a FENPROF este não é um dossier fechado, considerando que o ME deverá alterar esta orientação que também tem uma intenção orçamental, pretendendo atrasar a progressão dos docentes.
Ler a nota completa da Fenprof aqui...
Embora esteja na fase do façam bom proveito com o "Acordo de Princípios" que celebraram e do entretenham-se a discutir e a negociar minudências que, atendendo ao pântano político para que Sócrates conduz o país (este sim vale a pena denunciar por estes dias), rapidamente irão parar ao caixote do lixo, não posso deixar de reagir à nota da FENPROF divulgada acima.
Há nesta nota três posições que relevam de um fingimento que se está a ser enganado e de uma desonestidade intelectual inqualificáveis e que são as seguintes:
1. a condenação da utilização do desqualificado “Simplex” para efeitos de avaliação de docentes contratados;
2. a responsabilidade deve ser atribuída à Assembleia da República;
3. esta suspensão, como se confirma agora, teria garantido as condições para uma efectiva substituição do modelo em vigor por outro mais correcto, mais justo e exequível.
Como é possível produzir estas afirmações sem um pingo de vergonha na cara e sem uma assunção de responsabilidades próprias por parte da Fenprof?
Então as classificações decorrentes do “Simplex” (é estranho que durante os meses de Dezembro e Janeiro desapareceram as qualificações de “farsa” e “desqualificado”) servem para aqueles que obtiveram Bom, Muito Bom e Excelente (premiando os adesivados) e já não devem servir para os Regulares e Insuficientes dos contratados? Uma farsa não deve aproveitar a nada e a ninguém (nem beneficiados, nem penalizados – o que sempre defendi).
Como explica a Fenprof que os sindicatos (Fenprof e FNE) tenham produzido intervenções públicas e tenham feito sentir ao PSD que as negociações deviam ser deixadas aos sindicatos e ao ME?
Porque razão os sindicatos deixaram de fora do “Acordo de Princípios” a suspensão do processo de avaliação absolutamente desacreditado que estava no terreno no quadro do modelo de avaliação em vigor, a qual constituía a principal reivindicação dos professores? Não celebravam o “Acordo” e a suspensão teria ocorrido, aí sim, em sede parlamentar.
Então, em Dezembro e Janeiro já não fazia sentido pedir a suspensão e agora voltou a fazer sentido?
Descobriram, agora, a centralidade e a imprescindibilidade da suspensão do modelo de avaliação para o substituir por outro? Mas, os sindicatos, incluindo a Fenprof, aceitaram, em sede negocial, o mesmo modelo de avaliação que estava e está em vigor. Já se arrependeram?
Quando eu próprio e os movimentos independentes de professores defendemos que os sindicatos não deviam ter aceite o sistema de quotas, nem pactuado com a farsa do “Simplex”, devendo ter exigido o fim do modelo de avaliação, fomos atacados violentamente por alguns elementos dos sindicatos e até por alguns proto-imbecis de serviço.
Como agora se comprova, os professores andaram a ser enganados por um conjunto de bonzos da negociação (chamo a atenção para a posição do PROmova a este respeito).
A mim não me fazem de parvo, no restante cada um que reaja como achar mais conveniente.
Citando Alberto João Jardim:
“Bom Carnaval para Todos”!
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