Em Portugal, chegámos àquele
tempo em que a satisfação dos delírios dos credores é tão impossível que só
mesmo a mentira mais retinta os pode servir.
O governo gostava que os
portugueses se deixassem pastorear até à câmara de gás sem qualquer estrebucho.
Se o Orçamento do Estado (OE)
apresentado pelo governo PSD/CDS for aprovado e posto em vigor, o regime
democrático construído desde Abril de 1974 pode ser aniquilado.
(…)
Só por maldade - e para
servir a estratégia e os objetivos dos que nos exploram - se pode culpar a CR [Constituição
da República] pelos problemas que hoje enfrentamos.
(…)
O documento apresentado não é
uma proposta de Orçamento, é um exercício de fingimento, carregado de mentiras
e roubos. Todos sabem que os objetivos de défice e dívida são inatingíveis.
[Pretende-se instituir] Uma
sociedade em que os privilegiados serão os que têm acesso ao trabalho, a
rendimentos e a prestações sociais, ou seja, a respeito e a dignidade. E onde
aumenta a massa dos excluídos que passam a depender do assistencialismo do
Estado.
São José Almeida, Público (sem
link)
Até prova em contrário
estamos [com o OE 2014] apenas perante um pretexto (…) para cortar 5 mil
milhões de euros no Estado social.
Pedro Adão e Silva, Expresso (sem
link)
Passos Coelho bem disse que o
país teria de empobrecer para sair desta crise. Não foi uma frase infeliz. Foi
o enunciado trapalhão de um programa delirante.
Daniel Oliveira, Expresso (sem
link)
A troika e o Governo apostam
tudo neste orçamento [2014]. É a jogada de casino do jogador que já perdeu tudo
e tenta recuperar num último e desesperado lance. Como é óbvio, tem tudo para
correr mal. Infelizmente para nós.
Nicolau Santos, Expresso Economia (sem
link)
[Na Europa] a austeridade
falhou e não há nenhuma perspetiva de um retorno ao pleno emprego tão cedo.
Joseph Stiglitz, Prémio
Nobel da Economia, Expresso Economia (sem link)
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