Um dos resultados mais pornográficos da
acção deste Governo é a alienação de todo o património nacional a favor de
interesses estrangeiros e com grande prejuízo para Portugal. Um dos últimos exemplos
tem a ver com a “fusão” da Portugal Telecom (PT) com o grupo brasileiro “Oi”,
de muito maior dimensão. Obviamente que este facto leva a que os objectivos e a
estratégia da PT ficarão, de imediato subordinados aos interesses do grupo mais
poderoso como muito bem sublinha o economista Eugénio Rosa no seguinte texto que transcrevemos do Diário As
beiras de hoje.
A fusão da Portugal Telecom
com o grupo brasileiro “Oi”,
um grupo
de muito maior dimensão, que inclui para além da “Oi”, as empresas controladas
por esta determinará que o controlo do “grupo português” pelo capital
estrangeiro aumente ainda mais, já que “os accionistas da PT irão deter apenas
38,1% do capital social circulante e com direito a voto (ou mesmo menos) da
CorpCo”, a nova sociedade que resultará da fusão como consta do comunicado da
PT.
É evidente que este aumento
significativo do controlo da Portugal Telecom por grandes grupos económicos
estrangeiros, nomeadamente brasileiros, determinará que os objectivos e a
estratégia da Portugal Telecom passem a se inserir ainda mais nos objectivos e
estratégias dos grupos económicos estrangeiros que a controlam, cujos
interesses não tem nada a ver com os interesses de Portugal, conforme ficou
claro na investigação que realizamos sobre os grupos económicos e financeiros
em Portugal e cujos resultados constam do nosso livro “Grupos económicos e
desenvolvimento em Portugal no contexto da globalização”.
De acordo com as próprias
palavras Zeinal Brava, o futuro CEO da nova empresa (por enquanto), os
investimentos em Portugal serão ajustados, porque já estão feitos, e serão
relacionados com a procura, o que significa uma paragem dos investimentos e um
direcionamento para outras regiões, nomeadamente o Brasil, em prejuízo do
desenvolvimento do nosso país. Assim, o potencial da Portugal Telecom será
posto ao serviço de outras regiões. Os próprios lucros obtidos poderão ser
assim canalizados cada vez mais para o estrangeiro não beneficiando o nosso
país, já que a própria sede da nova empresa será instalada no Brasil passando a
PT Portugal à categoria de uma filial.
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