Nos últimos meses, crianças oriundas da América
Central morreram nas mãos das autoridades norte-americanas.
(…)
Desde a eleição de Trump que muito se tem falado sobre
a promessa de um muro entre os Estados Unidos e o México para supostamente
controlar os fluxos migratórios.
(…)
A suposta ameaça migratória tudo justifica e, embora
não se fale do assunto, cerca de metade do muro de Trump já está edificado em
território europeu. São 1200 quilómetros.
(…)
Estes são também os muros que nos têm reféns a todos
de uma política que ou se trava ou só pode acabar mal.
Marisa Matias, DN
Marisa Matias, DN
O avanço da extrema-direita é a queda
coletiva das democracias de um vigésimo andar político, social e cultural.
(…)
A luta contra a extrema direita é, pois,
uma luta contra a distração social e contra os dispositivos que alimentam a
nossa distração.
(…)
Claro, tem de ser um combate que dê
resposta ao descontentamento social que a extrema direita usa a seu favor.
(…)
É uma luta intransigente em que os
democratas têm de ser intransigentes.
José Manuel Pureza,
Diário as beiras
Esta consciência de classes exploradas
[em França] unindo-se contra as elites exploradoras está patente nas
reivindicações de restauração do imposto sobre a fortuna, de instauração de
tectos salariais, ou de repúdio da dívida pública ilegítima.
(…)
À ira provocada pela fractura social,
veio agora juntar-se uma outra razão de ira para a França das classes
laboriosas: a que nasceu da violência inédita que o poder mobilizou contra
elas.
Cristina Semblano,
Economista, autarca em Paris, Público (sem
link)
Está muito claro que o nosso futuro
comum depende do modo como a sociedade interioriza este problema de redução das
emissões [de gases com efeito de estufa] como sendo de todos.
(…)
Importa lembrar que a resiliência da
floresta aos incêndios depende da diversidade genética e da complexidade de
interacções de espécies presente.
(…)
A biosfera está ameaçada e a sua
sustentabilidade depende de acções colectivas dos diferentes países.
Maria Amélia
Martins-Loução, Público (sem link)
O mundo de hoje é marcado pela
competição feroz em que o objetivo é garantir o lucro máximo que não se
compadece com os problemas familiares de diversa ordem, tidos como menores face
à magnitude da produção e da produtividade.
(…)
O novo Deus, o mercado, exige devoção,
devendo os empregados terem presente que para aquele posto de trabalho está em
fila de espera um vasto número de candidatos de mão estendida.
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Com esta nova divindade [o mercado]
chegou também a ideia que há direitos a mais.
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A exigência cada vez maior aos
trabalhadores por parte das entidades patronais não pode deixar de ter
repercussões na vida familiar e até na queda da natalidade.
(…)
A mulher é vista do lado na empresa como
um encargo por causa da gravidez e do aleitamento.
(…)
O lucro é a família dos mercados.
Domingos
Lopes, Público (sem link)
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